terça-feira, 29 de setembro de 2015

Review Doctor Who S09X02 – The Witch’s Familiar


OBS: Se você não acompanha Doctor Who não leia, pois conterá SPOILERS


Quão devastador pode ser aquilo que é antigo, quanto mais antigo mais perigoso certo? Inicio a review dessa semana com meu lema para esse arco, na qual traz o desfecho da estadia em Skaro, mas como todo começo de temporada algo não resolvido ainda será explicado. Me refiro ao testamento do próprio Doctor, que mais uma vez é citado e aparece em cena.
The Witch’s Familiar possui um ar nostálgico no seu interior, e uma direção ágil, a satisfação de diálogos ainda mais sensíveis do que o normal. Com referências aos Doctors anteriores, mais respectivamente ao quarto e primeiro. O segundo capítulo tem início com Missy dando uma pequena aula sobre o passado do Doctor. Aqui vemos como Steven Moffat não precisou desenhar para explicar a origem da palavra “EXTERMINATE” e porque os Daleks possuem compaixão.
Um dos maiores triunfos do episódio está no uso do tempo em cena dos personagens e as saídas encontradas para solucionar o caso. O uso dos restos mortais dos Daleks foi um dos pontos interessantes, demonstrando mais agilidade na direção de Hettie Macdonald. A peculiaridade em sua condução passa a sensação de que estamos assistindo uma conversa longa sendo cortada aos poucos para ser reproduzida do ponto de vista de todos os interlocutores. Dessa forma, o roteiro satisfaz a julgar pela forma orgânica ao trabalhar com simplicidade e complexidades estéticas, de modo a nunca deixar o espectador exausto.
A sensível cena entre Davros e Doctor chega a ser fraternal, pois emociona e compadece o coração. O que ficou claro é a tal “falha de caráter dos Daleks” que Davros não conseguiu tirar, agora tem uma origem, e essa se chama 12º Doctor. Algo previsível se prestarmos atenção na seguinte frase: “Davros made the Daleks, but who made Davros?”. Pode-se concluir que a nona temporada veio para trazer um novo status ao elenco, com atuações memoráveis logo nesse começo. Principalmente Missy, que se mostra ainda mais cruel e intrusiva do que nunca. Em uma cena que ela convence Clara a entrar dentro de um Dalek, que lembra bastante o primeiro encontro do Doctor com os Dalkes na série clássica pelo 1º Doutor, quando ocorre algo semelhante.
Sobre a sonic screwdriver, e a “tecnologia vestível” em forma de óculos escuros, devemos ter um hiatus da chave sônica de fato, mas de certo, que a arma mais carismática do viajante do tempo irá retornar.

No mais a precisão exterminadora no roteiro de Moffat nesse primeiro arco marca uma nova fase aos maiores vilões do seriado, além de uma nova gênese. Tratando com respeito e fazendo jus ao caminho que o Doctor tem percorrido desde The Day of the Doctor, e principalmente após os 900 anos que ele passou protegendo Trenzalore. Sem mencionar, as milhares de lembranças de Gallifrey e o questionamento vindo de Davros sobre o motivo pela qual o Doutor deixou seu planeta natal; tornam mais evidentes as possibilidades para o futuro, o que pode vir a adição de Gallifrey novamente a série, ou das coisas relacionadas ao planeta.
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