OBS: Se você não acompanha Doctor Who não leia, pois conterá
SPOILERS
Quão devastador pode ser aquilo que é antigo, quanto mais
antigo mais perigoso certo? Inicio a review dessa semana com meu lema para esse
arco, na qual traz o desfecho da estadia em Skaro, mas como todo começo de
temporada algo não resolvido ainda será explicado. Me refiro ao testamento do
próprio Doctor, que mais uma vez é citado e aparece em cena.
The Witch’s Familiar possui um ar nostálgico no seu
interior, e uma direção ágil, a satisfação de diálogos ainda mais sensíveis do
que o normal. Com referências aos Doctors anteriores, mais respectivamente ao quarto
e primeiro. O segundo capítulo tem início com Missy dando uma pequena aula
sobre o passado do Doctor. Aqui vemos como Steven Moffat não precisou desenhar
para explicar a origem da palavra “EXTERMINATE” e porque os Daleks possuem
compaixão.
Um dos maiores triunfos do episódio está no uso do tempo em
cena dos personagens e as saídas encontradas para solucionar o caso. O uso dos
restos mortais dos Daleks foi um dos pontos interessantes, demonstrando mais
agilidade na direção de Hettie Macdonald. A peculiaridade em sua condução passa
a sensação de que estamos assistindo uma conversa longa sendo cortada aos
poucos para ser reproduzida do ponto de vista de todos os interlocutores. Dessa
forma, o roteiro satisfaz a julgar pela forma orgânica ao trabalhar com
simplicidade e complexidades estéticas, de modo a nunca deixar o espectador
exausto.
A sensível cena entre Davros e Doctor chega a ser
fraternal, pois emociona e compadece o coração. O que ficou claro é a tal “falha
de caráter dos Daleks” que Davros não conseguiu tirar, agora tem uma origem, e
essa se chama 12º Doctor. Algo previsível se prestarmos atenção na seguinte
frase: “Davros made the Daleks, but who made Davros?”. Pode-se concluir que a
nona temporada veio para trazer um novo status ao elenco, com atuações
memoráveis logo nesse começo. Principalmente Missy, que se mostra ainda mais
cruel e intrusiva do que nunca. Em uma cena que ela convence Clara a entrar
dentro de um Dalek, que lembra bastante o primeiro encontro do Doctor com os
Dalkes na série clássica pelo 1º Doutor, quando ocorre algo semelhante.
Sobre a sonic screwdriver, e a “tecnologia vestível” em
forma de óculos escuros, devemos ter um hiatus
da chave sônica de fato, mas de certo, que a arma mais carismática do viajante
do tempo irá retornar.
No mais a precisão exterminadora no roteiro de Moffat nesse
primeiro arco marca uma nova fase aos maiores vilões do seriado, além de uma
nova gênese. Tratando com respeito e fazendo jus ao caminho que o Doctor tem
percorrido desde The Day of the Doctor, e principalmente após os 900 anos que
ele passou protegendo Trenzalore. Sem mencionar, as milhares de lembranças de
Gallifrey e o questionamento vindo de Davros sobre o motivo pela qual o Doutor
deixou seu planeta natal; tornam mais evidentes as possibilidades para o
futuro, o que pode vir a adição de Gallifrey novamente a série, ou das coisas
relacionadas ao planeta.
0 comentários:
Postar um comentário