Quem já não ouviu falar de Ultraman? Seja por que faz parte
da memória de pais e filhos brasileiros ou mesmo porque seu nome seja algo que
é passado de geração em geração. A luz do herói prateado finalmente voltou a brilhar
por aqui, graças a JBC. Que esse ano tem contemplado muitos títulos
interessantes e conseguido agradar a “gregos e troianos”.
Bem Ultraman é um dos maiores símbolos da figura do herói
no Japão, principalmente por firmar o conceito conhecido como Tokusatsu no
mundo, também abriu portas para demais franquias. Tornando ele mesmo parte
desta, constituindo uma família de guerreiros Ultra.
Roteirizado e desenhado pela dupla Eiichu Shimizu e
Tomohiro Shimoguchi a nova saga do advindo da Nebulosa M78 conta com
originalidade os efeitos deixados por Ultraman em Shin Hayata, o homem que
serviu de hospedeiro para que o gigante pudesse combater os ferozes kaijus e invasores alienígenas. A grande
saída que os autores encontraram foi tornar o símbolo do herói algo
insubstituível ao ponto de criar conflitos familiares ao mesmo tempo que nos
vemos diante da volta dos alienígenas a Terra atrás do que restou de Ultraman
por aqui, incorporado nas células do filho de Hayata. O jovem Shinjiro.
A capa da edição carrega todo um charme e beleza do formato
do herói por meio do fundo avermelhado, que sempre foi destaque em seu corpo. A
edição em tamanho pocket (12x18cm) foi uma opção interessante sem exageros e
extravagâncias, um modelo que se encaixa ao que a obra propõe. A edição vem em
papel offset com 16 páginas coloridas no início da edição. O único ponto
negativo foi a Transparência na Folha que chega a incomodar durante a leitura,
algo deve ser revisto pela JBC, afim de melhorar o rendimento do trabalho
visual.
Um dos pontos mais altos desse mangá é definitivamente seu
traço, quem esperava encontrar uma arte datada e simplória pode esquecer, pois
veremos algo extremamente detalhado e rico. Sejam nas batalhas e destruições ou
nas expressões dos personagens. O roteiro é outro destaque, pois nas primeiras
folheadas já se pode encontrar o drama se esgueirando pelas beiradas, afim de
provocar tensão a demonstrar que algo está vindo. A maneira que os autores
encontraram para trazer a Patrulha Científica de volta foi esplendoroso,
homenageando os atores e o nome do primeiro Esquadrão de Defesa da Terra. A
atmosfera saudosista e nostálgica deste “Novo Clássico” é certamente de muito
agrado aos fãs do herói. Tanto para os novos fãs, quanto para os antigos, a
história terá presenças já conhecidas do universo do gigante prateado como: Red
King, Bemular, Zetton, além de outros guerreiros Ultra como Ultraseven e
Ultraman Jack.
A releitura de Ultraman me interessou, apesar do papel
Offset ter sido uma questão a se considerar negativa. As páginas coloridas
ficaram bem acabadas, o volume 1 conta com 240 páginas, 16 delas coloridas; o
preço de 14,90 sai em conta pelo tamanho do mangá e qualidade. O fato de ser
bimestral colabora para uma regularidade trabalhando em cima do que a os fãs
esperam de algo nostálgico. E no mais a leitura é recomendada para fãs do herói
e aqueles que ainda não conhecem podem se surpreender. Nos vemos no volume 2!
Nota: 9.0
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