quarta-feira, 1 de julho de 2015

Fate/Stay Night: Unlimited Blade Works (Crítica)


Por Okazaki

Fate/Stay já é um nome muito conhecido por causa de seus dois animes lançados a alguns anos, mas no último trimestre do ano passado esse anime de sucesso ganhou as telas novamente, agora com uma outra versão de Fate/Stay Night, chamada de Unlimited Blade Works. Um filme de mesmo nome e contando a mesma história já havia sido lançado em 2010, e ainda sim o anime estava sendo esperado pelos milhares de fãs do visual novel.
Para quem não viu o primeiro Fate/Stay Night, não deve ser preocupar a começar a assistir o novo, já que não existe uma ligação de continuidade entre os dois animes.
Unlimited Blade Works foi produzido em conjunto pela Aniplex, Notes e Ufotable, os mesmos estúdios que coproduziram a adaptação de 2011-2012 do anime Fate/Zero (história passada antes de Fate/Night, mas sem ligação direta com a mesma), e teve como base os desenhos originais de Takashi Takeuchi, mesmo não sendo feitos pelo mesmo. Sua trilha sonora está em perfeita harmonia com anime, tanto as aberturas, quanto os encerramentos. Mas são suas músicas especiais que mais nos surpreendem, como o cover feito por Lisa de “Disillusion” do visual novel original, usado como tema de encerramento para o episódio 12, e também o remix de “Ring Your Bell” cantado por Kalafina usado no encerramento do episódio 15.
O anime começa introduzindo seu personagem principal Emiya Shirou, um estudante de ensino médio e mago iniciante que acaba involuntariamente envolvido na guerra do Santo Graal, um torneio mágico secreto onde sete magos, chamados de mestres, invocam personificações reencarnadas de heróis lendários da história, para travarem batalhas reais por um cálice mágico onipotente que pode satisfazer qualquer desejo do vencedor. Shirou e seu Servo, Saber, são forçados a juntar-se com Tosaka Rin, outro mestre na Guerra do Santo Graal, mas Shirou encontra-se ganhando o forte desagrado do Servo de Rin, Archer, cujas motivações são desconhecidas.

Mesmo começando igual ao primeiro Fate/Stay Night, ao passar alguns episódios percebemos que aos poucos a história vai tomando um rumo diferente, até se tornar completamente outra. Onde Saber, servo de Shirou, não é o servo principal, e sim Archer, o personagem mais enigmático do anime. E com a ótima direção do Takahiro Miura, todo mistério envolvendo Archer é passado da melhor forma possível, nos deixando cada vez mais curiosos sobre sua identidade e motivações contra o Shirou. O que vale ressaltar também é o quão bem feita está a animação do anime, que impressiona ao deixar ainda mais emocionante todas as cenas de luta. Juntamente com seu enredo bem construído procurou dar uma atenção especial a todos os magos e seus servos, essas cenas não nos faz desviar o olhar em nenhum instante, mesmo quando não são os personagens principais envolvidos.
Como a história de Fate/Stay conta a batalha pelo Santo Graal, não existe um verdadeiro vilão, e sim sete magos com objetivo de pôr suas mãos no cálice para realização de um desejo, e esse provavelmente foi o maior desafio que Takahiro Miura teve que enfrentar. Como fazer o telespectador se convencer que Shirou ou Rin são merecedores do cálice? E a solução foi nos fazer acreditar que outros magos o usariam para fins malignos ou somente para o bem próprio. E esse é único problema que encontramos no anime, já que nem todos os magos ou servos tem seu personagem bem desenvolvido, o que faz de alguns passarem despercebidos e não terem nenhuma importância na história.
Sem dúvida Fate/Stay Night: Unlimited Blade Works não deixa a desejar em nenhum dos requisitos citados acima, seu enredo se desenvolve de modo não deixar cada vez mais preso ao mesmo, e sua animação só nos faz ficar ainda mais maravilhados com essa ótima história.



Nota: 8,9
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