quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Hitman: O Agente 47 - Crítica


Por Yuuko

A inteligência é a maior das nossas armas, não há arma melhor que a capacidade de pensar e reagir em situações de perigo. Não é sempre que a força ou indestrutibilidade vai ter levar à frente. Hitman: O Agente 47 trata exatamente de como a inteligência é capaz de vencer a força, por mais que você possa ser derrota por alguém mais forte que você; há inúmeros momentos em que essa pessoa vai falhar, pois é incapaz de utilizar a inteligência como você. O Agente 47 tem a missão de destruir uma agência que está tentando recriar a origem de 47, pessoas sem dor, sem medo. Sutil? Nem tanto. Mas com o toque musical que remete a Quentin Tarantino, a elegância e beleza dos ternos italianos, da lã italiana, e melhor que qualquer cena de missão impossível. Hitman trás um filme de ação, que não é óbvio, talvez esse seja o principal ponto que te faça continuar assistindo, apesar de ser um filme simples e curto, pode-se até prever algumas coisas, mas o desenrolar da história te surpreende muito mais do que se conseguiria imaginar. Ação, morte, sangue, você pensa que todo filme de ação é assim; inegável, mas com certeza seu coração vai parar quando você vir as cenas mais rápidas, os carros em velocidade, as cenas de perigo e a forma com que as pessoas saem da situação. Hitman é aterrador e o seu final deixa um gostinho de quero mais. A quase certeza de que terá uma continuação; esperamos que tenha.
Hitman: O Agente 47, não é apenas um roteiro baseado em um jogo, Hitman é a possibilidade de uma franquia infinita (tendo uma história inédita ou não), pois seu foco pode ser ampliado para todo tipo de missão. E isso talvez torne este filme um dos melhores do semestre. Tendo sido muito bem dirigido por Aleksander Bach e tendo apresentando uma das melhores encenações que já pude presenciar no cinema. Por 47 ser uma pessoa sem emoções, trabalhá-lo em cena deve ter sido um desafio para Rupert Friend. Um desafio que ele venceu com maestria.
No entanto, Katia van Dees (Hannah Ware) permaneceu um pouco apagada, apesar da ótima atuação, sua personagem, apesar de ser a motivação para a história ocorrer, não teve um desenvolvimento e aprofundamento que poderia ter, afinal, nada realmente relevante sobre ela ou o Agente 47 foi explicado, além de suas origens. Apesar do público ter dificuldade de entender que este não é um clássico filme de Hollywood (em que o telespectador é guiado ao longo da história) a troca de câmera entre observação e ação faz com que se crie uma identidade diferente de filme. A história foge do clichê de companheirismo, amizade e ajuda. Se 47 tem uma missão ele irá cumprí-la de qualquer jeito, independente do que seja necessário ser feito, talvez isso crie aversão em alguns espectadores, mas, muito pelo contrário, é o verdadeiro encanto desta obra. Mostrando na tela dos cinemas exatamente o que prometeu fazer, ser atipico.
Os efeitos sonoros foram muito bem trabalhados, para qualquer situação há uma música muito bem colocada. Deixando qualquer cena simples muito mais divertidas. A direção de fotografia fez um trabalho quase impecável, afinal, uma simples troca de câmera fará seu coração parar. Hitman foi lançado no período ideal, sem nenhum filme clichê para ofuscar sua grandeza. Não necessitando de mais de duas horas de duração, este filme fará você ânsiar pela cena seguinte a todo momento. Sim, sua curta duração é explicada por "os fins justificam os meios", esses "meios" podem ser ignorados, afinal tudo que você quer ver é o fim. 

Nota 9.2
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