quarta-feira, 22 de abril de 2015

Crítica Demolidor – Fim dos Dias

               


O hype da série do Demolidor no Netflix fez a Panini finalmente lançar o encadernado de Fim dos dias, uma das hqs mais comentadas nos Estados Unidos ano passado. Mesmo dividindo em duas partes com um preço nada convidativo, o material pode até valer a pena.
Fim dos dias retrata a história da morte do homem sem medo após um confronto com o Mercenário. Ele, próximo da morte, fala a palavra “mapone”. Logo após o fato, um jornalista do maior jornal de Hell’s Kitchen vai investigar o significado da palavra e maiores motivos de terem sido pronunciadas. A partir de aí a trama se desenrola.
A Marvel desenvolveu um time de peso para trabalhar na trama e nos desenhos. Todos de fases clássicas e aclamadas do Demolidor. Os mais conhecidos são Brian Michael Bendis e Klaus Janson, nos roteiros e desenhos. Não vale a pena citar um por um, pois a lista é enorme. Mas bem, vamos falar sobre os pontos principais que são importantes para um quadrinho: roteiro e desenhos.
O roteiro se baseia basicamente do descobrimento da palavra “mapone”. A última palavra estar relacionada com algo da vida do personagem não é novo. A clara referência a Cidadão Kane é grandiosa para os fãs de cinema. Aliás, esse dizer que se baseia o maior problema da história. Quando revelado, ele é extremamente decepcionante e até um pouco banal. Poderia ser muito melhor trabalhado, ainda mais pelos vários elementos interessantes apresentados com o passar das páginas. Um ponto interessante são as várias construções de personagens. Até vilões e personalidades importantes da vida de Matt, que aparecem em versões mais envelhecidas e terrivelmente degradantes, tem um desenvolvimento interessante e até certo arco pessoal, mesmo que bem pequeno, para cada um. Mais um ponto interessante é o do jornalista, que entra com certa visão do leitor na trama, ou seja, sem saber de basicamente nada.

Pelo lado dos desenhos, varia pelo traço de cada um. Na maioria dos casos, esses conseguem ser bem degradantes e extremamente depressivos, clima que combina muito bem com a trama. Até as variadas formas de desenhar Murdock, Elektra, Foggy, Mercenário e etc, são bem feitas e criam um clima bem dinâmico e interessante.
Um ponto negativo á se adicionar seria a coloração. Essa sempre parece tentar, sem sucesso, combinar com os traços, mas acaba criando um show de horrores muitas vezes. Em algumas páginas percebi o quanto é trágico ver uma cena que poderia ser excelente, sendo mal desenhada, colorida e enquadrada.
“Demolidor – Fim dos dias” tem tudo para os fãs de Demolidor gostarem, só que feito de uma maneira bem fraca. Desde o roteiro até os enquadramentos, tudo parece um pouco mal feito e com pressa, mas é uma grande diversão, isso deve admitir. Se você é fã do personagem, compre se o dinheiro estiver de sobra, mas se não for, não precisa nem passar perto.


Nota: 6,5

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