“O Pequeno Príncipe” está desde sempre no imaginário dos fãs
de literatura. A emocionante obra conta a estória do pequeno príncipe, seu
planeta, amizades e sua viagem pessoal e real. É um dos livros mais conhecidos
e admirados mundialmente e, nesse ano de 2015, foi decido criar uma atualização
da estória para um público mais infantil, com uma animação produzida na França.
O longa conta a vida
de uma garota que acabou de se mudar coma sua mãe, uma mulher controladora com
a filha e que busca traçar totalmente o caminho dessa para aprovação numa
conceituada escola. Entretanto, após a hélice do avião de seu vizinho quebrar
uma parte da casa, ela acaba conhecendo o aviador. Logo se torna amiga de seu
novo vizinho, o aviador, senhor que lhe conta a história do pequeno príncipe,
vivendo num asteroide com sua rosa e que um dia encontra o aviador perdido no
deserto do Saara.
Achei que esse filme
teria muitos pontos positivos comigo, mas infelizmente não foi o que aconteceu.
A começar na parte em que vemos toda a narrativa do livro sendo contada, na
qual é simplesmente perfeita. A animação em stop motion e a leveza dos
personagens e dos diálogos encanta qualquer um. Eu, como fã do livro, fiquei
extremamente emocionado em todos esses momentos que, infelizmente, são muito
curtos para o tamanho dessa obra. Seguindo, com a ótima direção Mark Osborne
(diretor de Kung Fu Panda). Seu olhar como diretor consegue dar um toque mais
mágico no filme. Vi o longa dublado em português, no Brasil só vieram cópias
assim, e não me desapontou. A dublagem está ótima e consegue dar um toque ótimo
para toda a extensão da obra. Nesse ponto, apenas uma falha deve ser comentada
que é na tradução dos objetos mostrados em tela. Das 1h40min passadas não vemos
nada escrito em português e apenas em francês, algo que não é um problema, mas
na última cena aparece o livro escrito em português. Para finalizar de pontos
positivos, a belíssima fotografia deve ser destacada, principalmente na parte
que é visto o real conto do livro, e a muito boa animação também.
Pelo lado negativo,
se pode começar com o roteiro. Além de alguns diálogos realmente ruins, esses
em partes mais específicas do longa, o desenvolvimento de personagens não foi
nada bom. Não é possível conseguir uma apatia com praticamente nenhum
personagem durante toda a trama. O aviador, muito mais pela sua personalidade e
não desenvolvimento, e o pequeno príncipe se salvam. A filha, protagonista da
estória, me fez desgostar cada vez mais do que via em tela e sua mãe ainda
mais. Seguindo, o filme tem dois atos bem ruins. O primeiro até se salva em
muitos momentos, principalmente relacionado a parte da real estória da obra,
mas os outros dois se perdem demais. No segundo, a repetição de muitas coisas
torna simplesmente um filme repetitivo e o terceiro é péssimo, desde sua ideia
original, diálogo, personagens e execução. Por fim, a duração do filme
atrapalha e muito. Excessivamente grande e me peguei olhando pelo menos umas 5
vezes para o relógio.
A finalização da
película consegue até captar o público. Depois de 106 min, precisava-se de um
final, no mínimo, descente, e isso, ao menos, é alcançado de uma forma bem boa.
A grande questão é que parece não ser percebido a enorme quantidade de erros
nessa atualização da obra. O objetivo do lucro parecia bem à frente de realizar
um bom trabalho final para divertimento do público.
“O Pequeno Príncipe” não é nem de longe a obra que fãs do
livro esperavam. Um filme com muitos problemas e alguns acertos, que até
ajudaram a não ser um longa muito mais decepcionante. Essa obra busca um foco
gigante na emoção do telespectador e creio que isso pode ajudar numa possível
indicação ao Oscar de melhor animação no próximo ano, infelizmente. Parece que,
mais uma vez, o ano segue e poucas animações ficarão lembradas na cabeça.
Nota: 5,2/10
mds eu quero criticas
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