Por Yuuko
Shinigamis sempre foram motivo de diversão em diversos
animes, desde Bleach até Death Note. Mas não é sempre que se pode acertar;
Kyoukai no Rinne tem uma premissa interessante, mas seu desenvolvimento é lento
e simplório. A animação conta a história de Mamiya Sakura, uma garota capaz de
ver espíritos desde um incidente quando criança, e de seu colega de sala, um
menino meio humano e meio shinigami, Rokudo Rinne.
A Arte e Animação foram bem feitas, apesar de seguir o
estilo de anime do fim dos anos 90, nos quais as expressões e lutas são mais
simplórias e o desenvolvimento das personagens lento. Não quer dizer que todo
anime dos anos 90 sejam ruins, errado, a maior parte é sim muito bom, porém
alguns autores, quando se mantêm presos em um estilo acabam não evoluindo sua
arte ou as suas histórias.
Este é o caso de Kyoukai no Rinne, a autora na verdade
involuiu na sua forma de contar história, apesar de sua credibilidade como
autora de Inuyasha e outros sucessos, Kyoukai no Rinne foi seu maior fracasso.
Sendo salvo por uma boa equipe de animação e uma trilha sonora divertida
(especialmente a segunda abertura da série, Ura no Ura (裏の裏) da Banda Passepied).
Talvez esta não seja a crítica mais completa, mas o asco
que esta animação causou não pode ser descrito tão facilmente. A comparação com
os trabalhos anteriores talvez faça este anime ser pior do que realmente é,
porém é inegável a sua má qualidade.
Apesar de ter tido uma possível segunda temporada
anunciada, não consigo crer que este anime possa vir ter a popularidade que
outros da temporada estão tendo. Acredito que seu sucesso mínimo devesse a
Inuyasha.
Kyoukai possui uma justificativa muito branda. Se você
acompanhou qualquer um dos trabalhos de Takahashi Rumiko (Ex.: Inuyasha, Ranma
1/2) você pode ver que este trabalho é sem imaginação e sem graça. As piadas
não são engraçadas, os personagens não são convincentes além de que tudo nessa
trama clichê é acentuada pela permanência do estilo antigo de se fazer mangá.
Mamiya Sakura é a personagem principal mais sem sal, sem
graça e sem carisma que a já foi produzido. Ela é praticamente inativa na trama
e muito distante do público. Até mesmo o jeito com que ela está relacionada a
trama principal torna tudo mais tediante. As coisas acontecem ao seu redor, mas
ela não tem uma única pista, mesmo todo o problema sendo óbvio e simples. Ela
sempre lida com o mundo ao redor dela com um: "Oh, isso é mesmo
estranho", mas não faz nada para entender a situação. Só nos últimos
episódios que ela passa a fazer alguma coisa, mas assemelha-se a forçar um fim.
Todos os outros personagens são da mesma maneira, incluindo o Rokudou Rinne. Todos
têm um potencial de serem grandes personagens, mas nenhum foi realmente bem
aproveitado, por isso eu considero este anime muito decepcionante, e eu não
poderia recomendar este a ninguém.
Acredito que a nota que este anime vai receber será maior
do que ele merece devido a Hitomi Nabatame (Dubladora do Rokumon) e o Takeshi
Takadera (Diretor de Som) por transformarem essa animação em algo um pouco
menos tedioso.
Nota: 5.3
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