terça-feira, 6 de outubro de 2015

Primeiras Impressões - Kamen Rider Ghost


OBS: Se você ainda não assistiu o primeiro episódio. Abaixo conterão SPOILERS

Após o dramático final de Kamen Rider Drive, a série que precedeu, agora fomos transferidos para o mundo dos mortos, ou quase isso. Ghost vem preparando terreno, afim de deixar notório as referências a sua própria franquia para o ano comemorativo de 45 anos. KAIGAI! ORE!
O segundo semestre é o ponto de passagem de um Kamen Rider a outro, e para um ano com uma forte ligação entre os mortos e os vivos entra em cena Kamen Rider Ghost, aquele que irá transcender entre o mundo dos espíritos e esse mundo. A Plot deste Rider é bem simples Takeru Tenkuuji tem a intenção de ser um caçador de fantasmas tal como seu pai um dia foi. Até ser morto ele não entende o valor da teoria e prática. Agarrado ao desejo de viver, ele consegue uma segunda chance, com as orientações de seu mentor, o Sábio (Naoto Takenaka) que o faz lutar por sua vida como Kamen Rider Ghost pelos próximos 98 dias.
Com uma premissa básica e uma corrida contra o relógio podemos estar diante de uma boa história. A TOEI apostou no diferenciado esse ano, chamou Takuro Fukuda para roteirizar. Conhecido por filmes e dramas policiais e algumas séries sobrenaturais como: Tales of Night-Prowling Ghosts e Vampire Host. Escrever um roteiro para a consagrada franquia Kamen Rider pode ser a receita para o sucesso, visto que a série tem os elementos que Fukuda-san já lidou antes. Por outro lado, na direção temos o já conhecido Satoshi Morota, que dirigiu Riders anteriores, tais como: Kamen Rider W, OOO, Hibiki, dentre outros. Nesse aspecto podemos esperar referências advindas dos modelos de alguns monstros, cenários ou cenas que podem vir a lembrar confrontos ou diálogos que ficaram marcados nas séries que precederam.
Sobre o elenco temos o jovem Shun Nishime como protagonista na pele de Takeru como Kamen Rider Ghost. Dono de uma voz inocente, se encaixou como o garoto despreocupado. No papel da amiga de infância de Takeru temos Akira Tsukimura (Hikaru Ohsawa). Que nesse primeiro momento se mostra como alguém não acredita em eventos sobrenaturais, e afirma haver explicação científica para tudo. O lado cômico fica a cargo do monge Onari (Takayuki Onagi), que alega em determinado momento que deveria ser capaz de ver os fantasmas por passar anos se aperfeiçoando. E com ele uma dupla de monges locais: Shibuya e Narita para fechar o elenco principal dos aparentes mocinhos.
Como Tóquio tem estado sob ataque de fantasmas recentemente, nos vilões temos os Gamma, espíritos que buscam obter os preciosos Eyecons. Esses mesmos itens que Takeru precisa recuperar em 98 dias. O que faz um conflito direto e claro entre os heróis e vilões. Obra de Fukuda-san provavelmente, que gosta de utilizar a perseguição pelo mesmo elemento como modo de fazer com que personagens importantes se encontrem e travem um confronto (Se isso for bem desenvolvido pode terminar como um belo suspense como feito nos primeiros Riders da Era Heisei tais como: Kamen Rider Kuuga e Agito). Aqui nesse primeiro capítulo nenhum nome de vilão fora os Gamma é explicitamente falado. Mas podemos perceber a presença do ator Yoshiyuki Morishita (Kill Bill 1 e 2 e O Grito) como o homem misterioso que desperta os espíritos Gamma. E ao final o novato Hayato Isomura, que aparece reclamando do incômodo que Kamen Rider Ghost será, o que pareceu ser um tipo de gerente Gamma.
A produção dos efeitos especiais desde de Kamen Rider Gaim pôde-se notar uma melhora considerável. E as coreografias foram bem desenvolvidas, os suit actors transmitiram a sensação de realmente estar batalhando como Musashi, herói que Takeru tanto admira e agora obtém seu poder lendário.

O primeiro capítulo do ano comemorativo para franquia Rider promete fantasmas dos heróis mais conhecidos da mitologia mundial. Não obstante, se manter a ideia de que Takeru agora não pode mais se comunicar o mundo humano para um lado mais sensível e preocupante pode render bons Twists. Entretanto, se basearem realmente apenas nos sentimentos do personagem para se comunicar pode parecer forçado. Uma jornada atrás das 14 Eyecons em 98 dias é uma missão para um fantasma que pretende voltar a vida. Será que ele consegue? 


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Um comentário:

  1. Achei fraquíssimo. Os personagens secundários, como estes dois aí, são tremendamente dispensáveis.
    Chega de comédia excessiva nestes "riders" pós-modernos.

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