REVIEW DOCTOR WHO S09E05 - THE GIRL WHO DIED

E se você descobrisse que a morte é uma habilidade?

PODCAST #18 - POR QUE ASSISTIR DOCTOR WHO ♥

Aqui discutimos sobre o porque Doctor Who, considerada a série mais antiga viva deve ser assistida. Vamos ouvir?

CRÍTICA AO FILME: PERDIDO EM MARTE

Que tal dar uma espiada na nossa mais nova crítica?

CRITICA DO LIVRO: ATÉ O FIM DA QUEDA

Que tal parar pra ler um pouco de literatura nacional fantástica?

SEMANA DO TERROR

Gostosura ou travessura? Essa semana trazemos nada mais nada menos que calafrios de te tremer a espinha. Que tal dar uma olhada em nossas travessuras diárias? Clica vai!

terça-feira, 31 de março de 2015

Critica Ponte Aérea

Os filmes brasileiros mais recentes têm melhorado bastante. Seja no dinheiro investido, seja no roteiro, é notável a melhora (sem contar os filmes de comédia da Globo Filmes). Assim, Ponte Aérea segue essa tendência e se mostra como uma grande surpresa. O longa conta a estória do carioca Bruno (Caio Blat) e da paulista Amanda (Letícia Colin), que após o adiamento de um voo do Rio de Janeiro para São Paulo se conhecem no hotel. Após passarem juntos a noite, eles acabam se desencontrando, já que Bruno vai mais cedo embora. Apesar disso, eles voltam a se reencontrar e começam a se apaixonar, mesmo com a grande dificuldade da distância.
 Os pontos positivos começam nas atuações, destacando totalmente do casal principal. Letícia e Caio fazem um trabalho fantástico e a química entre os dois torna tudo mais real e devidamente verdadeiro. Seguindo com a brilhante direção de Júlia Rezende. Ela consegue jogar o espectador por dentro de toda a trama e nos sentimos devidamente conectados com cada um dos personagens. O roteiro também deve ser devidamente comentado. Muito bem trabalhado e com excelentes diálogos, isso tudo sem sentir expositivo e deixando a narrativa fluir perfeitamente.
Na parte técnica, deve se salientar a linda fotografia e a trilha sonora. O primeiro, sempre trabalhando a questão das cores e ajudando a formar lindíssimos planos que salientam para ditar o clima das duas cidades em que a estória se passa. Já o segundo, compõe lindamente o que acontece durante a linha narrativa. Deve ser falado também, mas pelo lado negativo, sobre a edição e o ritmo do longa. Os dois compõem para que a 1h40min de filme pareçam durar bem mais. Além disso, a edição parece bem preguiçosa em algumas partes, o que nunca é bom.
O filme possui um final fantástico e totalmente anti-clichê. É totalmente inesperado e ao mesmo tempo perfeito. Se encaixa com toda a melancolia e, muitas vezes, tristeza passada no decorrer da estória.
Por fim, é necessário dizer sobre as cenas de sexo. Elas acontecem algumas vezes e entram com uma função de roteiro extremamente inteligente, para demonstrar a aproximação dos dois. A direção de Júlia ainda salienta mais todo o amor impregnado entre os dois. Essas cenas acrescentam ainda mais para toda a qualidade do filme. Em tempos de 50 tons de cinza, fazer algo diferente e bem feito com sexo, não é fácil.
Ponte Aérea se demonstra como uma das grandes surpresas do ano. Com belas atuações, um belo roteiro e uma perfeita direção, mas com algumas falhas técnicas, o longa se demonstra ser muito mais do que aparentaria. Para todos que criticam filmes nacionais, vejam esse e mudem sua opinião.

Nota: 8,1/10

segunda-feira, 30 de março de 2015

Crítica Vicio Inerente

Se você é uma daquelas pessoas que gosta de uma comédia totalmente louca e psicodélica, veio ao lugar certo. Vício Inerente conta a estória de um detetive particular drogado (Joaquin Phoenix) que, nos anos 70, investiga o sequestro de um bilionário. O longa veio adaptado do livro homônimo de Thomas Pynchon.
Uma premissa que parece básica e um desenrolar que na mão de alguém não tão competente poderia fazer um péssimo trabalho, mas dirigido pelo genial Paul Thomas Anderson (Magnolia, Boogie Nights, O mestre, Sangue Negro) todo o investimento vale a pena. Uma direção genial que consegue trabalhar o máximo que a narrativa poderia tirar. Além disso, o clima extremamente psicodélico criado pelo diretor faz tudo parecer mais engraçado. Os planos longos, uma constante no filme, investidos pelo diretor também demonstram sua competência e a aproximação com a realidade.
De pontos positivos também temos as maravilhosas atuações. Joaquin comanda o time com um dos melhores papéis de sua carreira, mas Josh Brolin, Owen Wilson, Katherine Waterston, Benicio Del Toro, Jena Malone e todo o resto do elenco estão fantásticos. A direção de arte e o design também devem ser comentados. Os dois complementam toda a estética e a experiência ao assistir ao longa. O roteiro parece, ao inicio, extremamente confuso, mas com o desenrolar da narrativa demonstra-se espetacular. As resoluções, as linhas de diálogo, o desenvolvimento de personagem, tudo vale a pena nele. Por último, é interessante falar sobre a belíssima fotografia, sempre adicionando aos planos muito bem.
Mas como nem tudo são flores, Vicio Inerente não está imune de erros. A começar pela sua longa duração. As 2h30min não chegam a ser cansativas, mas pesam bastante para o espectador. Continuando pelo maior destaque a estética do que a própria estória. Muitas vezes durante o longa somos pegos maravilhados com toda a ambientação criada e extremamente confusos do que acontece na linha narrativa. Além disso, a fuga de uma didática explicativa normal pode tornar o filme extremamente irritante e confuso para os mais leigos no cinema. Por último, é necessário adicionar uma falha na mesma didática de apresentação de personagens. Muitos desses aparecem para dar informações ao detetive, mas todos seguem a mesma linha. A repetição de um “mini twist” a todo o momento se torna um pouco cansativa.
 O final do longa é extremamente interessante e reflexivo, além de conseguir fechar perfeitamente todo o pensamento que é trabalhado durante seus 150 minutos. Além disso, o fade out final é perfeito e digno de aplausos.
Vicio Inerente está longe de ser o melhor filme de Paul Thomas Anderson, mas também longe de ser um filme ruim. Extremamente bem realizado, com belas atuações, um roteiro fantástico e uma bela ambientação, mas alguns erros básicos que tornam o longa um pouco pior, mas não perde seu brilho.

Nota: 8,3/10

domingo, 29 de março de 2015

(Crítica) O Caso Final

                                                         

Salve, salve galera, quem volta aqui novamente é o Aziraphale, desta vez minhas andanças não foram intergalácticas, fui conhecer os segredos e mistérios desse planeta chamado Terra, conheci os mistérios de Oak Island, conheci Atlântida e Shangri-lá, sim elas existem e ainda hoje tem gente morando lá, pessoas ótimas, servem um ótimo chá, mas enfim vim aqui para mais uma crítica de games, dessa vez um jogo um pouco mais antigo, mas ainda pouco conhecido e com um plot muito bom.
O jogo Murdered: Soul Suspect, o jogo desenvolvido pela Airtight Games e distribuído pela Square-Enix, tem versões para PS3, PS4, Xbox 360, XboxONE, PC, o jogo é uma típica idéia genial que sucumbe às adversidades de colocar o plot em prática. Na trama do jogo, você é o detetive Ronan, que investigava o serial killer “Bell Killer”, um impiedoso assassino que está causando terror na cidade, porém acontece que Ronan acaba morrendo de forma impiedosa e violenta...na primeira cena do jogo,e isso é brilhante, exato você controla o fantasma do Ronan investigando a própria morte, o passado de Ronan é turbulento, você vai descobrindo detalhes dele ao longo da jogatina, como seu casamento com Julia, motivo principal da busca de Ronan pelo assassino mesmo após ter morrido, como você é um fantasma desde o inicio, você tem as características de um, podendo atravessar paredes, possuir pessoas e ler seus pensamentos ou até mesmo mexer com suas memórias e descobrir algo escondido na mente delas. Na realidade, com essa premissa, você poderia entrar em qualquer prédio da cidade correto? Na realidade, não é bem assim, você pode atravessar as paredes dentro dos prédios, mas não pode entrar por elas, precisando para entrar e sair de uma porta ou janela aberta, isso obviamente se dá, pelo fato de ser impossível fazer todos os prédios da cidade locações, ainda não chegamos nesse ponto gente, mas é explicado o porquê não podermos entrar, na trama do jogo, o principal faz lógica, logo é o de menos.

 O jogo se passa na cidade de Salém, famosa por suas bruxas e conseqüentemente a caça as mesmas, o jogo inteiro se passa nessa cidade, na época atual, sendo possível andar livremente pela cidade a qualquer momento do jogo, apenas áreas que serão visitadas no futuro do jogo encontram-se fechadas, no jogo inteiro, você encontra outros fantasmas, que leva a outro aspecto interessante do jogo, são pequenas tramas paralelas enquanto você busca pistas pelo Bell Killer, alguns desses fantasmas você pode interagir, eles estão presos nesse mundo devido a algum problema e você pode ajudá-los a passar para o outro lado com seus dons de detetive, é algo que achei divertido, porém infelizmente, tem poucos desses fantasmas e faz uma idéia boa ser pouco utilizada. Vamos começar agora os aspectos negativos do game, o game tem alguns bugs, para ser generoso, por exemplo, personagens que não são para aparecer em determinado lugar aparecem, os controles não respondem direito contra os inimigos e etc, aliás, inimigos são outro ponto negativo, no jogo inteiro, existem apenas dois tipos de inimigos que podem afeta-lo, ok você é um fantasma e não pode morrer duas vezes, mas o único jeito de dar game-over ser um inimigo estático no chão e outro que é um espectro é um pouco demais. Quanto a eles, se você distraidamente pisar no que aparece no chão (algo raro já que é bem na cara), mas se pisar é praticamente game-over já que para se livrar você tem de ser muito rápido e os controles não respondem, quanto ao espectro, o ideal é matá-lo e para isso você tem de pegá-lo por trás sem que ele o veja, mas não é somente isso, você tem de fazer um comando com um dos botões e o direcional, que muitas vezes apesar de você ter feito corretamente dá erro e você precisa fugir do fantasma, algo que fica cansativo, não por ser difícil, mas repetitivo, já que esse é o único inimigo que de fato vai te “matar”. Logo a falta de variedade de inimigos é outro ponto negativo, um forte também, você é um detetive certo? Em diversos momentos, aparecem opções de deduções suas, por exemplo, após examinar todas as pistas, você chega a uma dedução, nessa hora aparecem opções, porém caso você não faça idéia qual delas é a correta, pode ir chutando de uma em uma, já que não há punição caso erre, ele apenas exclui a opção errada, isso para um jogo que o foco é o uso da lógica dedutiva é um forte ponto negativo, outro fortíssimo ponto negativo, é a falta de mecânicas que façam você querer voltar a jogar o jogo, diferentemente das minhas outras criticas, onde saem continuações dos jogos, dando a chance de você jogar os antigos de novo, suas escolhas mudarem a história, ou até mesmo o final, nesse após terminá-lo, não existe nada que faça você jogá-lo de novo, o jogo tem diversos coletáveis, porém você pode conseguir todos jogando uma vez só, e mesmo para quem curte troféus e conquistas, você pode conseguir platinar o jogo em uma partida só.

O jogo também é curto e bem fácil de terminar, conseguindo 100% dele, porém a trama e a plot do jogo são geniais, você realmente não suspeita quem é o assassino até ele ser revelado, o jogo com certeza que daria um ótimo filme de suspense com toques de terror, mas como jogo sucumbe infelizmente a por em prática tudo que propõe.
Porém, se você achar ele numa promoção, bem barato, vale com certeza a compra, já que realmente a história é muito boa e ele vai te divertir por umas horas, de quebra você ainda pode ganhar uma platina sem esforço, mas depois de zerado, ele com certeza vai para o fundo da prateleira, já que nem preço de revenda ele tem.

Enfim depois de um período na Terra Aziraphale se despede, já tenho meu estoque de chá e ervas, logo vou voltar para minha nave, essa época do ano é ótima lá por Orion, tem um restaurante lá que prepara um excepcional assado de Kork, com uma Urth bem gelada, vou ver se consigo a receita com os donos e passo para vocês, acho difícil, já que vem gente de outros universos só para saborear essa delícia, enfim não nos custa tentar né, posso oferecer minha cópia de Murdered para eles, afinal vai que né... Bem fiquem bem, Carpe Diem, aproveitem o dia com um chá bem quente, torradas e caviar (não faço idéia do que seja caviar, mas pelos filmes é muito bom, e filmes nunca mentem né? Ao menos com comida nunca vi eles mentirem, com comida não se mente...)


Murdered: Soul Suspect Nota 6,5

terça-feira, 24 de março de 2015

Crítica Mapa para as estrelas

No ano em que o vencedor do Oscar faz uma critica direta a toda a Hollywood, Cronenberg entra nessa temática de forma parecida, mas, claro, da sua maneira. O longa conta a estória Agatha (Mia Wasikowska), uma garota que acaba de chegar em Los Angeles e logo conhece Jerome (Robert Pattinson), um motorista de limusine que tem o sonho de ser ator. Logo ela começa a trabalhar para Havana (Julianne Moore), uma atriz com carreira decadente e que sonha em interpretar o papel da mãe em um remake. Junto a isso, conta também sobre o jovem Benjie (Evan Bird) que é a estrela principal de uma série de sucesso. Entretanto, o garoto teve internação recente e vive sempre sobre olhares da família e dos produtores do seriado.
Primeiramente, é totalmente necessário falar sobre o elenco. Todo composto de atores fantásticos e que dão performances dignas de aplausos para cada um. Os maiores destaques podem ser dados para Julianne (talvez em uma atuação melhor até de sua vitória no Oscar) e Mia. As duas dão uma aula genial. Seguindo pelo lado positivo é necessário falar também sobre o genial roteiro. Ele é composto de diálogos, na sua maior parte, vazios de significado. Esse fato se justifica como uma crítica aos atores e filmes atuais. Sempre muito superficiais e sem boas estórias a altura para serem contadas. Um fato interessante sobre a construção do roteiro é a crítica da falta de criatividade da indústria, sempre investindo em remakes. Além disso, outro fato interessante a ser abordado positivamente é a impecável direção de David Cronenberg. O diretor consegue adotar seu estilo peculiar e ao mesmo tempo contar esse estória de uma maneira intrigante e fantástica.
Nos aspectos técnicos, temos uma grande fotografia. Sempre buscando enquadrar objetos comuns sobre os atores, criticando o grande vazio e a não objetividade da indústria norte-americana. Os grandes problemas vêm junto com os outros pontos. Uma trilha sonora apagada e sem muito sentido ao longo da narrativa de Howard Shore, vai começando a apagar o brilho do longa. Além desse ponto, a edição e o ritmo do filme não ajudam em nada. Os dois extremamente fracos nas 1h51min. Esse tempo faz parecer ser de 2h30min devido a essas constantes falhas. Adicionando a edição, o filme poderia ter, pelo menos, 10 minutos a menos. Essas partes desnecessárias, realmente cansam.
Toda a crítica trabalhada no roteiro e na direção durante toda a narrativa funciona perfeitamente bem. É interessante fazer, inclusive, semelhanças com o grande vencedor esse ano do maior prêmio do cinema. É possível notar, ao mesmo tempo, diferenças totais nas duas abordagens: uma mais crua e na cara, no caso desse filme, e uma mais tranquila e a atual tendência, como em Birdman.
Mapa para as estrelas é um grande filme. Possui um fortíssimo elenco, roteiro e o diretor, mas acaba pecando em certos aspectos na qual poderia tornar toda sua duração impecável. Uma grande estória e com muitos bons momentos, mas que não empolga tanto.


Nota: 7,7/10

segunda-feira, 23 de março de 2015

(Crítica) A Série Divergente: Insurgente



O mais novo longa adaptado da série Divergente de Veronica Roth traz uma continuação direta do primeiro filme. Sugere um investimento maior nos cenários de ficção científica pós-apocalítica, os figurinos notoriamente mais elaborados, além dos hologramas e a computação gráfica. A velha ambientação futurista devastada está presente para representar o aclamado conceito de distopia, com suas formas atípicas de controle de sociedade. Porém, não chega a ir além do que uma parábola para o adolescente no século 21.
Símbolo da revolução (Tris) contra símbolo da tradição (Jeanine); esse segundo filme pode ser definido por esta frase, pois não perde tempo para explicações apenas deixa claro que estamos em um cenário futurista, dividido em facções. Se você se enquadra em mais de um grupo, é considerado um divergente, e precisa ser eliminado por representar um perigo ao sistema. Somente disso que você precisa saber.

Shailene Woodley como Tris agora corta o cabelo para mais curto, como nos filmes de guerra, maneja armas de fogo como qualquer homem ao seu redor e supera testes dificílimos de realidade virtual, como Neo em Matrix (aliás, esta parece ser a maior referência de Insurgente). Em Insurgente Tris, Quatro e alguns membros da Dauntless (os corajosos) são fugitivos. A rebeldia da divergente toma forma e encontra voz, quando facções como Candor (os honestos) começam a se questionar sobre os atos cometidos da Erudite (os inteligentes). A questão é que o inconformismo de seus personagens não se traduz cinematograficamente, ou seja, não passa de boas intenções.
A ação programada do diretor Robert Schwentke para esse segundo momento foi a saída usual com mais chance de atrair o público que não leu ou assistiu o primeiro longa. Aqui vemos Tris se tornar a heroína de ação que merece, visto que no primeiro filme ela era apenas a menina que precisava evoluir da infância para adolescência, aqui pode-se dizer que ela deve lidar consigo mesma, com quem ela realmente é.
O filme peca em sua trama por se tratar de uma distopia em que requer uma expansão maior sobre o assunto tal como se refere. Ok é um filme adaptado de um livro para jovens adultos. Mas justamente por isso. Os personagens são outro problema, aliás, personagens esses que dificilmente demonstram qualquer traço de personalidade. Por vezes até complicado identificar alguns deles. Nesse quesito o único que demonstra presença é Peter de Miles Teller, que volta e meia criava situações de conflito com Tris.

As cores frias impostas no cenário deviam servir para os personagens se conectarem mais com elas a trazer uma atmosfera com mais dúvida e questionamentos. Mas ao invés disso os mesmos personagens que deveriam se conectar com elas passeiam pelas explosões e nas cenas de tensão que mais parecem cômicas deixam de completar o clima.
O elenco de modo geral até tenta ir mais além de suas atuações como a própria protagonista ao lado de seu par romântico Quatro (Theo James) tentam demonstrar, mas não passam o carisma de suas razões de ser. Arrisco dizer que “Insurgente” é um grande desperdício de grandes nomes de Hollywood - Kate Winslet que o diga. Como a vilã Jeanine ela chega a discutir seu plano maléfico consigo mesma, em um ato clichê dos vilões, que particularmente não acrescenta nada se for superficialmente. Naomi Watts, apesar de mais à vontade em seu papel como a líder sem facção Evelyn. Segundo ela para sobreviver na era dos divergentes é preciso se desprender das velhas regras da sociedade. Entretanto, faltou um aprofundamento maior em sua personagem para entendermos melhor sobre seu passado.

A hipérbole na ação tentou disfarçar o roteiro raso e seus personagens superficiais a ponto da computação gráfica fazer seu trabalho notório melhor que no primeiro filme. Ao público que não acompanha a série e estão procurando ação pode vir a calhar, mas francamente a menos que você seja fã da série dos livros escritos Veronica Roth, “A Série Divergente: Insurgente” provavelmente não será sua a melhor experiência nas salas de cinema esse ano.


Nota: 6,0

sábado, 21 de março de 2015

Minicast #1 Primeiras Impressões de Shuriken Sentai Ninninger Ep 1 e 2





Em nosso primeiro Minicast sobre a mais nova produção televisiva da TOEI animation. Falamos sobre a Shuriken Sentai Ninninger, que esse ano aborda o tema Ninja pela terceira vez em sua franquia Super Sentai.
Aqui Ultraboy e o convidado Mailson Santiago delimitam os principais pontos dos dois primeiros capítulos do seriado. Tendo em vista, desenvolvimento de personagem, ambientação, design dos vilões e zords, atuação e produção. A proposta desse Minicast é passar um pouco sobre como funciona uma das produções televisivas que está a mais tempo no mercado japonês, o por que de ser um sucesso até os dias de hoje.

Dê play para adentrar no universo dominado pelos efeitos especiais (Tokusatsu).


Link para download do seriado: http://www.tokushare.com.br/seriadoHistorias/view/534

Link para download do Minicast: https://mega.co.nz/#!RYR2jI7Z!7_Rl-hV0PbIMeQtksEvXPA_xEKsZ1nSCPnZThyPwxDE

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sexta-feira, 20 de março de 2015

Crítica HQ Izombie – Morri pelo mundo (Vol. 1)

Sendo considerado um dos quadrinhos mais diferentes e alternativos dos últimos anos, Izombie logo veio para se tornar uma série de TV e a Panini aproveitou todo o Hype e lançou a primeira edição no Brasil. A trama conta a estória de Gwen Dylan, que trabalha como coveira em sua cidade.           Sem muitas esperanças de trabalho futuro e com amizades no mínimo estranhas, logo descobrimos que Gwen na verdade é um zumbi! Além disso, ela precisa quase sempre se alimentar de cérebros e quando faz isso recebe todas as memórias da pessoa, inclusive de sua morte. O grande problema começa quando ela come um desses cérebros e resolve vingar a morte de Fred, a pessoa na qual ela comeu o cérebro.
O roteiro da HQ, feito por Chris Roberson, não chega a ser genial, mas faz bem o seu trabalho. Consegue conduzir muito bem o leitor durante a trama e de uma maneira muito boa. Outro ponto a ser destacado é o diversificado mundo criado. Composto por fantasmas, zumbis (obviamente), lobisomens, vampiros, caçadores de zumbis, além de humanos, cria toda uma narrativa mais interessante e ao mesmo tempo mais insana. 
Pelo lado negativo, é interessante destacar o fraco desenvolvimento de personagem. Todos são muito rasos e faz o leitor tentar começar a entender a personalidade de cada um a partir de suas atitudes durante as páginas. Esse fato, só leva a não ligarmos tanto para praticamente nenhum personagem e todos parecerem devidamente “jogados” no meio da estória. Esse fraco desenvolvimento pode fazer algum sentido no desenrolar da história, mas, por enquanto, ele deixou totalmente a desejar.
Se o roteiro não foi lá grandes coisas, por outro lado, a arte de Michael Allred é um ponto extremamente positivo a se falar. Com lindos tracejados e um desenho bem forte e caricato, tudo parece ser muito bonito e bem feito. Os traços grossos também ajudam a caracterizar e dar força para alguns dos personagens. Além disso, as cores de Laura Allred somam perfeitamente aos desenhos. O colorido e destacado chama atenção pela beleza logo de cara.
Um ponto positivo para o trabalho da Panini são os extras. Com alguns teaser, ideias de capa, design e etc, tudo adiciona perfeitamente a toda experiência.
A primeira edição de Izombie cumpre bem o seu trabalho. Com um roteiro razoável, mas uma excelente arte, vale a pena, mas só se a grana estiver favorável.

Nota: 7,3/10

quinta-feira, 19 de março de 2015

Crítica: How to get away with murder


Percebe-se rapidamente que How to Get Away with Murder é uma criação da Shondaland, a série que é roteirizada por Peter Nowalk, mas tem como produtora executiva Shonda Rhimes, possuí muitas das características de outras séries da mesma produtora. As similaridades variam desde a grande diversidade do elenco até estilo acelerado da narrativa. Shonda Rhimes que ficou famosa na televisão estadunidense por realizar um dos primeiros “Blind Castings” da história televisiva em Grey’s Anatomy (técnica em que o roteirista só delimita no casting a idade e o sexo dos personagens, sendo então possível uma maior pluralidade de atores e atrizes se candidatando para o papel). Shonda repete o feito em HTGAWM com um elenco bem diverso, personagens brancos, negros, mulatos e asiáticos, além de héteros e homossexuais. Além dessas similaridades ainda existe a velocidade em que os arcos da série são construídos e movimentados dentro da temporada, característica que se encontra principalmente dentro de Scandal, outra série da Shonda. O ritmo em que a série irá movimentar os arcos é surpreendente,  e gera no espectador ansiedade para acompanhar cada episódio assim que ele sair. Claro, dentro de uma temporada com 15 episódios, existem alguns mais fracos, mas no geral a temporada é muito consistente e consegue manter o nível. O fato da série possuir apenas 15 episódios é um reflexo de que a ABC, emissora da série, vem buscando dialogar com os roteirstas numa tentativa de ter episódios e temporadas mais consistentes.
No piloto somos apresentados as principais tramas que irão evoluir ao longo de toda a temporada, começando pela pergunta  “quem matou Lila”, e “quem matou Sam”. Um grande diferencial da série é que ao invés de outras, que enrolam para responder essas perguntas, ao fim da primeira temporada você saberá a resposta para ambas. Voltando ao piloto, a série começa com um grupo de jovens na floresta decidindo o que fazer com um “corpo”, jogam uma moeda para o alto na tentativa de tomarem uma decisão, CARA eles voltam e buscam o corpo, COROA eles deixam-o na cena do crime. A cena é cortada e voltamos três meses no tempo, para o início do semestre e estamos numa sala de aula cheia de alunos, logo identificamos os jovens da floresta, Wes, Laurel, Michaela e Connor, todos sentados aguardando o começo da aula, entra Annalise Keating, interpretada pela maravilhosa Viola Davis. Annalise é considerada uma das melhores advogadas de defesa do estado da Pensilvânia e promete aos alunos um semestre difícil, no qual ela os ensinará os princípios do direito penal 100, ou como ela gosta de chamar “Como se sair impune de um assassinato”.


 O primeiro caso da semana é de um homem que foi envenenado por sua assistente com a qual estava tendo um affair, Annalise tem que defender a assistente e para isso estimula os alunos a se utilizarem de todas e quaisquer táticas para atingirem esse objetivo. Tanto Connor quanto Michaela se utilizam de métodos não éticos para conseguirem informações acerca do caso e acabam por ajudar Annalise a ganhar a causa. Esse será um recurso recorrente ao longo de todos os episódios, iremos ver todos os personagens ultrapassarem as barreiras éticas para ajudarem Annalise ganhar seus casos. A construção da “corrupção interna” dos personagens é um dos maiores prazeres narrativos da série.
 Wes, no piloto, se apresenta como o personagem mais deslocado dentro do episódio, diferente dos outros três que já aparentam estar mais confortáveis nesse ambiente caótico. Wes tenta se tornar amigo de sua vizinha Rebecca, a qual não demonstra nenhum interesse na amizade. Vemos também durante o episódio notícias de uma menina, chamada Lila, que está desaparecida. Ao fim do episódio Annalise dá a Connor um troféu por sua contribuição ao caso da semana. Esse mesmo troféu é revelado ao longo do episódio como sendo a arma do crime, e o corpo, aquele que  os quatro alunos estava discutindo sobre no começo do episódio pertence ao marido de Annalise, Sam Keating.
Tudo isso é apresentado no piloto, e a narrativa não demonstra sinais de que vai desacelerar, ao longo dos episódios descobrimos que Lila era aluna de Sam, e estava tendo um caso com seu professor. A revelação do affair é uma das melhores cenas de toda a temporada, ela ocorre no quarto episódio, onde Annalise entra em seu quarto, começa a tirar a maquiagem, remove sua peruca, olha para Sam e apenas pergunta  porque uma foto do pênis dele está no celular da menina morta. Além desse, existem inúmeros outros momentos chocantes na temporada.
Por fim, a série irá trabalhar com as lógicas episódicas e seriadas dentro da temporada. Em cada episódio um caso diferente se apresenta e Annalise busca defender seu novo cliente, ao mesmo tempo em que a história do assassinato de Lila e de Sam são desenvolvidas, sendo ambas os fios condutores da narrativa. Para isso, a série trabalha com flashforwards, revelando pedaços do que irá acontecer na noite do assassinato de Sam e flashbacks, para mostrar o que ocorreu na noite em que Lila morreu. Além disso, a série ainda irá levantar múltiplos personagens como os culpados por esses crimes, Rebecca, a vizinha problemática de Wes? Ou o namorado cristão de Lila? Somente no nono episódio saberemos quem de fato matou Sam, e o responsável pela morte de Lila só será revelado nos momentos finais do season finale, o décimo-quinto episódio. A resposta para essa pergunta vale cada segundo investido no programa.  O grande feito da série é que todos os episódios avançam a narrativa, sendo o único episódio mais fraco dentro da temporada o episódio catorze, visto que ele está construindo tensão que irá explodir no décimo-quinto, e dese modo ele acaba transmitindo a sensação de que o espectador está sendo enrolado.

Nota: 9,0/10,0

Quantos segredos você consegue guardar?


Criada em 2014 e com apenas 42 minutos de duração nos seus míseros 13 episódios, Manhattan é uma série de te deixar anestesiado. Sobre o que se trata? Bem, a série se passa no período da segunda guerra mundial, onde os soldados não são aqueles que pegam em uma arma e vão ao campo de batalha, mas sim, os cientistas.

Agora você deve estar se perguntando: como assim? É isso mesmo que você leu: cientistas! No período mais complicado, vive-se em uma corrida armamentista, onde a arma mais importante está começando a ter um projeto, sendo chamada de Dispositivo, ou melhor, bomba.
Embora soe como se a série fosse algo monótono e sem muita graça, ela é muito similar a algumas atuais, onde não há necessariamente, um protagonista. Há um foco em diversos personagens como os cientistas, suas respectivas mulheres, amigos e família, havendo um grande desenvolvimento envolvendo um pouco de comédia, drama, suspense e o que não pode faltar: sexo. (opa)



Manhattan se baseia em que todas as informações são confidenciais e não se pode confiar em ninguém, com isso, percebe-se como deve ser o  clima na cidade (que também é secreta), que eles vivem. Imagina que você tem um segredo, o maior segredo de todos e que, infelizmente, você não pode contar a ninguém, como se sentiria? O que faria? Então, a serie aborda exatamente esse tipo de temática, onde o tempo inteiro somos manipulados e novas coisas acontecem e nos surpreendem. Não sendo o suficiente, esta é de uma complexidade sem tamanho, envolvendo o mais puro e primitivo do ser humano, fazendo com que ocorra, por debaixo dos panos, um grande e perigoso jogo, onde quem sai perdendo é quem sabe demais.

Havendo personagens tão distintos entre si, se torna inviável não se identificar com algum deles e com o seu próprio desenvolvimento, mas talvez, seja melhor não se apegar muito, afinal, na época de “Manhattan” vive-se em extrema censura e opressão.

Até poderia contar mais coisas, mas, como dizem na série, é complicado. 



segunda-feira, 16 de março de 2015

Podcast #5 Representatividade na Cultura Pop





No quinto cast discutimos a importância da representatividade na cultura pop. Citamos personagens que mudaram a maneira de fazer história. Tais como a nova Miss Marvel Kamala Khan, Uhura em Star Trek como uma das maiores representatividade da mulher em séries de tv, Eiji Tsuburaya diretor de efeitos especiais idealizador do gigante prateado Ultraman, Haruka Tenou a Sailor Netuno do anime/mangá Sailor Moon que abriu espaço para gêneros como Yuri. 

Link para download: https://mega.co.nz/#!0M5kDRgL!WCxBgArKTxyMNTqxz7OTHVzLLcLRDkYAQN9wUftHMuQ


Soundtrack: Spice Girls - Wannabe
Augus & Julia Stone - Soldier
Augus & Julia - Stranger
Augus & Julia - Jewels and Gold
KT Tundstall - Black Horse and a Cherry Tree
Yellowcard - How I Go
Star Trek Next Generation Theme
How To Get Away With Murder Theme
S.O.S - Drop it Low
IAMX - I Come With Knives
The All American Rejects - Falling Apart
The All American Rejects - Mona Lisa
Sailor Moon abertura
Tsubasa Reservoir Chronicle Future Soundscape - A Song Of Storm And Fire.
Tsubasa OST - Synchronicity
Tōru Fuyuki - Secret Highway-Fight, Seven! (ULTRA SEVEN)
Ultraman Leo - Abertura
Ultraman Jack - Abertura
Ultraman Ace - Abertura
Ultraman Tiga - OST Tiga!
Theron Kay - There Is Greatness Within You [Heroic Music]
T. A. Spiderman 2 - Opening Theme by Hans Zimmer 
Two Doors Cinema - This is Life
Kids of 88 - Everybody Knows
Panic! At The Disco - Northern Downpour


domingo, 15 de março de 2015

Crítica 3ª temporada House of Cards

É impressionante o quanto a cada nova temporada House of Cards se aproxima com a política que vivemos no mundo de hoje. Nesses 13 novos episódios a história aumenta cada vez mais nisso. Desde paralelos até aparições reais só demonstram que o nível da série chegou realmente a grandes níveis.
 A terceira temporada começa 2 anos após os acontecimentos da segunda. Tudo sendo observada pelo ponto de vista de Doug, mão-direita de Frank. Pode-se ver ao marasmo político que o protagonista, interpretado por Kevin Spacey, está sofrendo. Crises por todos os lados, que criam uma situação totalmente diferente da ascensão vista nos 26 primeiros episódios.
 Os pontos positivos começam com as atuações cada vez mais fantásticas e mais introspectivas, comandadas por Kevin e Robin Wright (Claire Underwood). É impressionante o quanto cada vez mais é possível entender os sentimentos dos personagens apenas nas expressões faciais dos atores. Outro ponto extremamente positivo nessa temporada é o roteiro. Com excelentes episódios, toda a narrativa consegue caminhar pra cada vez mais caminhos inesperados deixando o telespectador sem saber o que pode acontecer na próxima cena. Os episódios clímax também são perfeitos. Destaques para o 6º e o 11º, um dos melhores episódios de séries da história. Mais um ponto a ser falado na parte do roteiro é a maior relevância para personagens mais secundários e até terciários. Esses, alguns novos e outros já conhecidos pelo público, tomam grandes relevâncias e maiores conhecimentos sobre suas trajetórias. Destaque primordial para o presidente russo, Viktor Petrov.
 Pontos que já possuem elogios de sobra continuam em seu nível habitual de excelência. A fotografia, que consegue cada vez melhor imergir quem assiste da trama, e a direção, continua fazendo um papel fundamental para que o nível de House of Cards merece aplausos de pé de qualquer um.
Como dito no inicio, os paralelos feitos em toda a temporada são um show a parte. O presidente Viktor pode ser perfeitamente comparado com o atual presidente russo, Vladmir Putin. Além disso, a citação da banda Pussy Riot, uma banda de punk russa composta por mulheres lésbicas, que foi censurada no país natal, é bem interessante para criar paralelos perfeitos com a situação atual do país.
 O final dessa 3ª parte do seriado deixa tudo muito mais em aberto do que se pode ver nas duas primeiras. Nessas é possível traçar um destino claro da continuação da história de ascensão de Frank Underwood, já nessa parte podemos ver a indecisão ficar no ar. O espectador fica confuso com o destino que tudo pode tomar a partir de agora, ainda mais por acontecimentos que ocorreram previamente e no próprio último episódio.
A terceira temporada de House of Cards eleva o nível de tudo. Desde as atuações até a fotografia, a série merece ser digna de aplausos. Tirando pequenos problemas de ritmo durante alguns episódios, o resto desses treze episódios são devidamente perfeitos, demonstrando o quanto o seriado vai fazendo seu lugar entre os melhores de todos os tempos.

Nota: 9,8/10


sábado, 14 de março de 2015

Crítica - Mortdecai: A Arte da Trapaça




Baseado na novel Don’t Point That Thing At Me de Kyril Bonfiglioli. Mortdecai não tem uma essência humorística inteligente, nem mesmo se destaca pelas suas atuações. Difícil de acreditar quando Johnny Depp está envolvido, mas aqui vemos uma tentativa de um personagem fora do eixo e sua estranheza hiperbolicamente falando.
A história do longa nos apresenta Charlie Mortdecai, um milionário colecionador de obras de arte que faz negócio com todo o tipo de pessoa. Devido à isso, a vida do “pobre” Mortdecai sempre parece estar por um fio até que algo mágico o salve do destino fatal (Algo mágico lê-se Jock capanga de Mortdecai). Para completar ele ainda tem uma dívida exorbitante com a Coroa Britânica, e por isso aceita ajudar o MI5 a recuperar uma obra de arte roubada que pode conter uma valiosa informação sobre um tesouro nazista camuflada em sua pintura.

As falhas do filme começam pela atuação de Depp, que normalmente encantam e nos fazem rir, se divertir com o rumo que a história tomará. Mas não é o que ocorre. Sua atuação permite que o personagem fique solto demais, e sem qualquer motivação e na maioria das vezes deslocado. Fato que o mesmo é movido pelo dinheiro, não obstante, pelas mulheres, o que acaba não sendo o suficiente para tornar o enredo convincente.
O restante do elenco até demonstra espaço para vislumbres de risadas fáceis e clichês bem colocados. E nesse quesito Gwyneth Paltrow dá um show como Johanna, a esposa consumista de Mortdecai. Ewan McGregor como o policial Martland que tem um amor platônico por Johanna. E Paul Bettany como o capanga Jock também parecem à vontade com seus personagens, mas nenhum deles entrega uma atuação realmente memorável.
A fotografia brinca com as passagens de cena entre países, o que claramente poderia ter ido mais longe, à julgar que estamos falando num filme que envolve arte. A exploração das cores na ambientação passa longe de ser um fator a ser comentado. Agora, sobre a raiz do problema, bem ela se encontra no roteiro, que não só foi mal aproveitado como carece de inovação, visto que o humor sempre foi um gênero apreciado é uma pena se jogar fora algo que poderia ter sido um momento de agradáveis risadas com Johnny Depp aprontando na pele de um vigarista de gostos inusitados.

Dois pontos que poderiam fazer toda diferença. Primeiro a violência, apesar de ser um fator de quebra de clima em longas como este, aqui não passou de algo desnecessário. O que muitas das vezes foi desfavorável para o crescimento dos personagens. Segundo foi a falta de cuidado ao transferir os personagens de “Don’t Point that Thing at Me” de 1973, inseridos diretamente nos dias atuais. O que Eric Aronson (“Na Linha do Trem”) e o diretor David Koepp (“A Janela Secreta”), tentaram fazer foi nos fazer rir de algo que não tem graça se estiver fora de contexto.
Uma história com potencial e personagens que poderiam ter brilhado de verdade nas telonas, mas infelizmente os atores não tiveram seu potencial aproveitado nessa suposta comédia. E bigodes.....argh!


Nota: 2,5 

Crítica – Umbreakble Kimmy Schmidt


Inadequação, incômodo e talento natural são apenas algumas das principais qualidades e defeitos que os personagens do mais novo projeto de Tina Fey expressam. Aquele sentimento incômodo que insiste em nos dizer que nós não somos exatamente adequados para a vida que estamos vivendo no momento, é a base de Umbreakble Kimmy Schmidt.
A atriz Ellie Kemper que viveu Erin em The Office, agora dá vida a Kimmy Schmidt que após 15 anos confinada em um bunker com mais três mulheres, afastada da sociedade e vítima de um fundamentalista religioso num culto apocalíptico. Sem qualquer conhecimento das novas tecnologias e de referências culturais, Kimmy decide viver em Nova York e “recuperar” o tempo perdido.  Com apenas com as roupas do corpo e um dinheiro da indenização, a ingênua, mas inabalável jovem precisa adaptar-se à realidade enquanto luta com seu déficit de socializar-se por ter passado tanto tempo presa.

A comediante foi capaz de passar confiabilidade e principalmente credibilidade ao lidar com situações esdrúxulas e surreais, como de costume nos roteiros da saudosa Tina Fey. O nonsense do seriado começa quando somos apresentados aos personagens secundários como o colega de quarto Titus Andromedon, vivido pelo ator Tituss Burgess. Dizer se de passagem este personagem é um show a parte, por vezes sustenta a comédia sem a presença de Kimmy. Sua busca pela fama e suas tentativas sem sucesso são impagáveis. Sem mencionar os chiliques de Lillian Kaushtupper (Carol Kane) a senhoria da moradia de Titus, onde Kimmy também passa a conviver.
O maior exemplo talvez seja Jacqueline Voorhees, a socialite mimada vivida por Jane Krakowski. A personagem mergulhou tão profundamente em sua vida fútil de rica vivendo em Manhattan que as memórias da sua juventude lhe assombram (a natureza dessas memórias é não apenas uma piada ótima, como também uma metáfora para os EUA). Isso vale para todos os outros que aparecem bem ajustados, mas demonstram suas loucuras no instante em que conhecemos um pouco mais sobre eles. Como a irritante enteada de Vorhees, que curiosamente se chama Xanthippe “Lannister” Vorhees.
Tina Fey e Robert Carlock entregam um texto afiado, ácido e acima de tudo sagaz. Todos os diálogos são inspiradíssimos, assim como menções políticas, culturais e até mesmo a polêmicas recentes, que são sempre inseridas em um contexto em vez de simplesmente jogadas para “constar”. O início da série é morno, mas a medida que os capítulos avançam a qualidade aumenta de maneira surtada, se é que me entendem. O roteiro, os personagens e as piadas com bom timing tornaram o seriado muito divertido e gostoso de acompanhar. Você consegue, facilmente, ver vários episódios seguidos sem cansar. Curiosamente a série tinha sido produzida e pronta para NBC, mas no final o canal acabou rejeitando.

Divertida, leve e deliciosa, essa nova comédia da Netflix tem todos os elementos para tornar-se a nova queridinha da vez. E não poderia ter vindo em melhor hora contendo ainda um toque da genialidade Community, a essência marcante de 30 Rock e a graça da saudosa Parks and Recreation.


Nota: 8,5

sexta-feira, 13 de março de 2015

Crítica 1ª temporada de Star Wars Rebels

Para os fãs de Star Wars, qualquer coisa que saia já com o nome da franquia é motivo de ser, ao menos, procurada. Comigo não é diferente. Star Wars Rebels começa contando a estória de Erza Miller, um órfão que vive em Tatooine sobrevivendo de roubos. Certo dia, ele encontra um grupo de mercenários liderados por Kanan e decide ir com eles pelo espaço.
 Mesmo parecendo um pouco simples, toda a trama vai conseguindo inverter, muitas vezes, isso.  Com isso, os pontos positivos dessa primeira temporada começam com um excelente desenvolvimento de personagens. Todos dentro do grupo passam por arcos de desenvolvimento durante pelo menos um episódio. O mais fácil de visualizar é do protagonista, que muda totalmente até o último episódio. Outro ponto extremamente bem executado é o vilão da temporada. O inquisidor é sempre um grande temor não só para as personagens, mas também para o espectador. Sua presença acaba sendo extremamente forte. Á adicionar positivamente é necessário falar da lindíssima animação e dos designs, sempre um ponto extremamente lindo em Star Wars. Esse design, inclusive, lembra em muitos momentos a maravilhosa série Firefly (de Joss Whedon). Desde os planetas, de alguns personagens até as naves. A direção dos 14 episódios também é muito bem realizada sempre conseguindo passar a tensão e o sentimento dos personagens.
Pelo lado negativo, é interessante falar das discrepâncias entre os episódios. Enquanto um é muito bom, outro muito ruim, outro regular, até voltarmos a um bom. Chega a ser irritante em certos momentos para o telespectador. Outro ponto mal feito é confusão do roteiro. Ao apresentar algo ou algum personagem o roteiro acaba se enrolado, em alguns momentos, de como trabalhar bem aquilo. Isso só deixa o desenrolar da narrativa confusa. É interessante se falar também da edição. Extremamente bem feita em alguns, ela aparece extremamente mal feita em outros episódios.
A série está situada entre os episódios III e IV, o que aumenta a curiosidade para maiores acontecimentos que acabaram com a total ascensão do Império na trilogia clássica. Além disso, essa ponte faz com que nos interessemos em saber sobre alguns personagens dos filmes. Isso é feito de maneira genial, pois somos premiados com aparições de Lando Calrissian, Yoda, Grand Moff Tarkin e duas outras extremamente especiais: uma para fãs de Clone Wars e outra para os fãs da série no geral.
Mais uma questão a ser falada é a relevância das personagens femininas. Muitas vezes fracas ou sem muita relevância nos longas, elas aqui aparecem com muita força. A piloto Hera Syndulla, Sabine Wren e a ministra imperial Maketh Tua. As três aparecem sempre com muita força e mostrando-se muitas vezes mais relevantes que até o próprio protagonista. Além da aparição final da temporada, que reforça a igualdade imprementada.
 A 1ª temporada de Star Wars Rebels dá um bom início para o que está por vir com a compra da Lucas Films pela Disney. Ela tem bons personagens, uma boa direção e um excelente design, mas acaba caindo em certas falhas. Uma boa primeira temporada, mas sem empolgar tanto quanto deveria.

Nota: 7,6/10


quinta-feira, 12 de março de 2015

O Lobo mau virou detetive...




Aziraphale novamente vindo de uma voltinha por Saturno demorei por que tive problemas no maldito cinturão de asteróides, maldição sempre me perco por lá,
Mas enfim voltei para a segunda crítica de game, novamente da Telltale, mas dessa vez se chama “Wolf Among Us” baseado na HQ de sucesso Fábulas, criada por Bill Willingham e desenhada de forma fantástica por Mark Buckingham a HQ de 150 edições algo incrível para o selo em que foi publicada, a Vertigo da editora norte-americana DC Comics. Na trama que em parte lembra a série Once Upon a Time, sendo alvo de discussão de que essa amada série de TV captou muito mais do que devia das historias em quadrinhos de Fábulas, até por que a HQ é muito anterior ao piloto da série de TV, mas discussões de lado, um ser poderoso, destruiu o mundo das fadas e todas as criaturas mágicas, sem ter para onde ir, vieram parar onde parece que todo mundo sem ter para onde ir vai... Nova York, por que não né, tem a Broadway, Times Square, a estátua da Liberdade, ótimos restaurantes, o Central park, por que não, terra de sonhos né... Não é bem assim, eles estão num mundo que não é o deles, e muitos tem formas, pouco corriqueiras, mesmo para as estranhas pessoas que moram em Manhattan, enfim, nada que um pouco de imaginação não resolva, mas mesmo assim vai parecer viagem de alucinógenos, porém vamos ao jogo.

            Primeiro vale mencionar que você não precisa ter lido a HQ para jogar o jogo, nem ao jogá-lo antes atrapalhará sua leitura futura, caso deseje ler a HQ depois, já que a história do jogo foi totalmente criada pela Telltale e se passe anos antes do que é mostrado na primeira edição da HQ, vale mencionar que vários personagens da HQ tem papel importante no jogo, sendo todos velhos conhecidos nossos, jogamos como o Bigby the Wolf, ou o (Bigbadwolf) que não é mais tão mal assim, mas tem suas recaídas, ele até fez amizade com um dos três porquinhos, RS, enfim ele é um detetive do mundo das fabulas, que vivem em um conjunto de apartamentos e, é responsável por toda uma área pequena da cidade, após salvar a vida de uma jovem, você entra num universo de crime, prostituição, corrupção, crime organizado, é parece que o povo dos contos da fadas aprendeu rápido o esquema do nosso mundo.  A trama segue o mesmo estilo característico da produtora, ou seja, um point and click, em que suas escolhas alteram o futuro dentro do jogo, admito que isso pode estar cansando, já que a produtora o faz igual por anos, mas não sei se é saudosismo, já que esses eram os jogos que mais jogava quando era pirralho no meu planetinha, mas não canso de jogar, acho extremamente divertido, e me tira da febre de apertar furiosamente vários botões ou da preocupação de se tenho vida ou não para o próximo chefe, lógico que amo tudo isso, mas fugir, mesmo às vezes ainda é a melhor opção.
            O jogo vai ter vários personagens que farão a alegria, não só dos fãs das HQs, como de quem cresceu ouvindo histórias de contos de fadas estão lá a Ariel, Branca de Neve, O Caçador, Ichabod Crane, a Bela e a Fera, o espelho mágico, além de trolls e várias outras criaturas e personagens de contos de fada. Na trama que segue brilhantemente o estilo Noir, você precisa investigar o assassinato de uma mulher, mais Noir impossível, e a trama cresce cada vez mais, até você ir num caminho sem volta. Mais uma vez a Telltale entrega um ótimo roteiro e mostra que nesse quesito eles não precisam nem ficam devendo a nenhum outro estúdio. Com relação aos gráficos eles seguem o mesmo padrão da desenvolvedora, sem serem absurdos, mas limpos e bonitos de se jogar.
            Em suma, mais uma ótima pedida, vale lembrar que como todo point-and-click são histórias curtas, dando para terminar o jogo e pegar tudo em um final de semana, mas se você jogar não vai se arrepender, tanto por ser um estilo clássico, como por ter certeza de que no futuro todos jogaremos novamente só para lembrar, é algo que não se dá para evitar. Agora vou até o sol tentar diminuir esse calor, por que não dá mais né RS, mas não prometo nada, vejo vocês na próxima aventura, eu chamaria vocês para ir comigo ao espaço mais longínquo, mas infelizmente minha nave só dá para mim, bem eu e um certo robô chato, mas deixa quieto, hehe vejo vocês em breve, até lá senta aí e leiam um bom livro, ou vejam ou filme sei lá...


Wolf Among Us Nota 8.

terça-feira, 10 de março de 2015

Crítica The Babadook

Os filmes de terror não têm empolgado tanto nos últimos anos. Com algumas poucas ressalvas, esse gênero tem se demonstrado fraco, mas aí vem de um filme independente e australiano o melhor longa desse de pelo menos da última década.
 A película conta a estória de Amelia (Essie Davis), uma mãe solteira , viúva e atormentada pela morte do marido, no dia do nascimento de seu filho. Inclusive, o prólogo do filme pra demonstrar essa situação é maravilhoso. Samuel (Noah Wiseman), filho de Amelia, é um garoto extremamente atormentado. Ele tem um medo constante de monstros e é um pouco paranoico com mortes e destruições. Certo dia, sua mãe lê um livro para o garoto dormir chamado Mr. Babadook, que inicialmente começa inocente, mas vai se tornando um verdadeiro pesadelo. A partir daí, aparições sobrenaturais começam a acontecer.
 Os pontos positivos desse excelente filme começam com a direção. A diretora Jennifer Kent tem um trabalho maravilhoso em conduzir perfeitamente bem toda a narrativa. Ela sabe criar uma tensão perfeita nas cenas e consegue usufruir do máximo de todos os atores do elenco. Um trabalho digno de ser lembrado. Continuando com o roteiro primoroso da mesma. Extremamente bem trabalhado em desenvolver perfeitamente as duas personagens centrais da trama e até bem também o monstro que dá nome ao longa. Aliás, esse merece também um destaque especial. A demora para o seu aparecimento tem uma perfeita explicação de desenvolvimento das demais personagens, mas quando ele aparece o medo se torna constante até o final. Sem precisar dar nenhum susto, como os filmes de terror mais recentes sempre fazem.
 Os trabalhos de atuação também são dignos de lembrança. Essie Davis está espetacular em todos os 93 minutos. Um trabalho que poderia ser lembrado tranquilamente no Oscar. O garoto Noah Wiseman também está perfeito. Entre as melhores atuações mirins nos últimos anos no cinema. Pode-se acreditar perfeitamente que ele está com medo a todo o momento e o afeto por sua mãe, mesmo que de uma maneira não tão convencional. A fotografia e a trilha sonora do longa são bem lembráveis. A primeira, sempre sombria criando uma tensão em toda a narrativa. A cidade, a casa, os carros, as roupas, tudo é voltado mais para o escuro. A segunda, se encaixa perfeitamente em todos os momentos. Essa demonstra quando o Babadook está em locais próximos e como os personagens estão com esses aparecimentos.
 Os pontos negativos são apenas dois: personagens secundários e clichês. Pelo primeiro lado, alguns personagens secundários aparecem e desaparecem sem ter uma grande importância pro desenrolar. A vizinha de Amelia e um colega de trabalho são os principais nesse ponto. Eles parecem ter importância, mas somem sem explicações. No segundo lado, a película não deixa de se utilizar dos clichês do gênero. Desde luzes piscando, o porão e o gato desnecessário, fazem todo o longa perder um pouco seu grande brilho.
 “The Babadook” é um dos melhores filmes de terror dos últimos anos. Tem excelentes atuações, uma direção maravilhosa e um grande roteiro, além de excelentes aspectos técnicos. Além disso, possui um final perfeito e extremamente bom para debates. Apesar disso, não foge de certos clichês do gênero e de uma falha.

Nota: 8,9/10

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