É impressionante o quanto a cada nova temporada House of
Cards se aproxima com a política que vivemos no mundo de hoje. Nesses 13 novos
episódios a história aumenta cada vez mais nisso. Desde paralelos até aparições
reais só demonstram que o nível da série chegou realmente a grandes níveis.
A terceira temporada
começa 2 anos após os acontecimentos da segunda. Tudo sendo observada pelo
ponto de vista de Doug, mão-direita de Frank. Pode-se ver ao marasmo político
que o protagonista, interpretado por Kevin Spacey, está sofrendo. Crises por
todos os lados, que criam uma situação totalmente diferente da ascensão vista
nos 26 primeiros episódios.
Os pontos positivos
começam com as atuações cada vez mais fantásticas e mais introspectivas,
comandadas por Kevin e Robin Wright (Claire Underwood). É impressionante o
quanto cada vez mais é possível entender os sentimentos dos personagens apenas
nas expressões faciais dos atores. Outro ponto extremamente positivo nessa
temporada é o roteiro. Com excelentes episódios, toda a narrativa consegue
caminhar pra cada vez mais caminhos inesperados deixando o telespectador sem
saber o que pode acontecer na próxima cena. Os episódios clímax também são
perfeitos. Destaques para o 6º e o 11º, um dos melhores episódios de séries da
história. Mais um ponto a ser falado na parte do roteiro é a maior relevância
para personagens mais secundários e até terciários. Esses, alguns novos e
outros já conhecidos pelo público, tomam grandes relevâncias e maiores
conhecimentos sobre suas trajetórias. Destaque primordial para o presidente
russo, Viktor Petrov.
Pontos que já possuem
elogios de sobra continuam em seu nível habitual de excelência. A fotografia,
que consegue cada vez melhor imergir quem assiste da trama, e a direção,
continua fazendo um papel fundamental para que o nível de House of Cards merece
aplausos de pé de qualquer um.
Como dito no inicio, os paralelos feitos em toda a temporada
são um show a parte. O presidente Viktor pode ser perfeitamente comparado com o
atual presidente russo, Vladmir Putin. Além disso, a citação da banda Pussy
Riot, uma banda de punk russa composta por mulheres lésbicas, que foi censurada
no país natal, é bem interessante para criar paralelos perfeitos com a situação
atual do país.
O final dessa 3ª
parte do seriado deixa tudo muito mais em aberto do que se pode ver nas duas
primeiras. Nessas é possível traçar um destino claro da continuação da história
de ascensão de Frank Underwood, já nessa parte podemos ver a indecisão ficar no
ar. O espectador fica confuso com o destino que tudo pode tomar a partir de
agora, ainda mais por acontecimentos que ocorreram previamente e no próprio
último episódio.
A terceira temporada de House of Cards eleva o nível de
tudo. Desde as atuações até a fotografia, a série merece ser digna de aplausos.
Tirando pequenos problemas de ritmo durante alguns episódios, o resto desses
treze episódios são devidamente perfeitos, demonstrando o quanto o seriado vai
fazendo seu lugar entre os melhores de todos os tempos.
Nota: 9,8/10
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