domingo, 15 de março de 2015

Crítica 3ª temporada House of Cards

É impressionante o quanto a cada nova temporada House of Cards se aproxima com a política que vivemos no mundo de hoje. Nesses 13 novos episódios a história aumenta cada vez mais nisso. Desde paralelos até aparições reais só demonstram que o nível da série chegou realmente a grandes níveis.
 A terceira temporada começa 2 anos após os acontecimentos da segunda. Tudo sendo observada pelo ponto de vista de Doug, mão-direita de Frank. Pode-se ver ao marasmo político que o protagonista, interpretado por Kevin Spacey, está sofrendo. Crises por todos os lados, que criam uma situação totalmente diferente da ascensão vista nos 26 primeiros episódios.
 Os pontos positivos começam com as atuações cada vez mais fantásticas e mais introspectivas, comandadas por Kevin e Robin Wright (Claire Underwood). É impressionante o quanto cada vez mais é possível entender os sentimentos dos personagens apenas nas expressões faciais dos atores. Outro ponto extremamente positivo nessa temporada é o roteiro. Com excelentes episódios, toda a narrativa consegue caminhar pra cada vez mais caminhos inesperados deixando o telespectador sem saber o que pode acontecer na próxima cena. Os episódios clímax também são perfeitos. Destaques para o 6º e o 11º, um dos melhores episódios de séries da história. Mais um ponto a ser falado na parte do roteiro é a maior relevância para personagens mais secundários e até terciários. Esses, alguns novos e outros já conhecidos pelo público, tomam grandes relevâncias e maiores conhecimentos sobre suas trajetórias. Destaque primordial para o presidente russo, Viktor Petrov.
 Pontos que já possuem elogios de sobra continuam em seu nível habitual de excelência. A fotografia, que consegue cada vez melhor imergir quem assiste da trama, e a direção, continua fazendo um papel fundamental para que o nível de House of Cards merece aplausos de pé de qualquer um.
Como dito no inicio, os paralelos feitos em toda a temporada são um show a parte. O presidente Viktor pode ser perfeitamente comparado com o atual presidente russo, Vladmir Putin. Além disso, a citação da banda Pussy Riot, uma banda de punk russa composta por mulheres lésbicas, que foi censurada no país natal, é bem interessante para criar paralelos perfeitos com a situação atual do país.
 O final dessa 3ª parte do seriado deixa tudo muito mais em aberto do que se pode ver nas duas primeiras. Nessas é possível traçar um destino claro da continuação da história de ascensão de Frank Underwood, já nessa parte podemos ver a indecisão ficar no ar. O espectador fica confuso com o destino que tudo pode tomar a partir de agora, ainda mais por acontecimentos que ocorreram previamente e no próprio último episódio.
A terceira temporada de House of Cards eleva o nível de tudo. Desde as atuações até a fotografia, a série merece ser digna de aplausos. Tirando pequenos problemas de ritmo durante alguns episódios, o resto desses treze episódios são devidamente perfeitos, demonstrando o quanto o seriado vai fazendo seu lugar entre os melhores de todos os tempos.

Nota: 9,8/10


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