O mercado de mangás no Brasil tem crescido exponencialmente nos últimos anos, e nada melhor do que sugerir excelentes obras para editoras como JBC, Panini, NewPop, etc consigam os direitos de alguns dos títulos que temos como prediletos. E que certamente possuem público aqui.
Segue as sugestões produzidas pelos membros do grupo Senta aí Cast:
Segue as sugestões produzidas pelos membros do grupo Senta aí Cast:
Por Ultraboy
Kiseijuu (Parasyte)
Foi um dos mangás mais vendidos desse ano de 2015, mesmo
pertencendo a outra década. O sucesso foi tanto, que mesmo o anime ajudou o
mangá desbancar e estar entre os 30 mais vendidos do ano. Para quem não sabe o
mangá é famoso no mundo todo, e já foi publicado três vezes nos EUA e quatro no
Japão. Sendo que todas as republicações no Japão foram em formato especial,
assim como foi em 2014 com a nova edição do mangá posta à venda devido a estar
com anime em exibição naquele período. Como o Brasil ainda tem um porte pequeno
para mangás do gênero Seinen, Kiseijuu certamente pode ser essa porta de
entrada. Quem sabe até para o ano que vem. E só tem 10 volumes, que fique como
um alerta a JBC e a Panini sobre esta obra, que explora a humanidade sobre
outro aspecto ao final pode nos fazer repensar sobre o que o ser humano vem
fazendo ao longo dos anos.
Haikyuu!!
Vôlei é bastante popular no Japão, apesar de não ser o
esporte número um e nem número dois, tanto para homens quanto para mulheres.
Haikyuu ganhou mais espaço após o seu anime em 2014, que lhe rendeu nada mais
nada menos do que o terceiro lugar entre todos os mangás mais vendidos do ano
passado, somando mais de 8 milhões de cópias vendidas! Em 2013 as vendas totais
haviam sido de 2,056,241 milhões, o que significa dizer que teve um aumento impressionante
de 303% – deixa eu repetir: 303%!!!!!!! – De 2013 para 2014. Certamente é uma
mangá que venderia no Brasil, espero que venha para fazer frente a Kuroko No
Basket. Afinal temos uma escassez de mangás de esportes aqui.
Por Yuuko
Sekai
Ichi Hatsukoi
Por que sair da zona de conforto e mudar os gêneros de
leitura? O comodismo sempre parece mais interessante. Mas ler um BL (Boys Love)
ou semelhante não é de todo ruim. Sekai Ichi Hatsukoi é um romance dinâmico com
traço e cenas ricas de detalhes e, obviamente, uma arte clara e cativante.
Sekai Ichi apresenta três casais, mas trás Takano Masamune e Onodera Ritsu como
casal preponderante, no qual um amor perdido - há mais de 10 anos - agita a
seção de mangás shoujos de uma editora. Takano e Onodera vão abalar os
telespectadores com as dificuldades do relacionamento, as brigas e a história
de um amor não resolvido. Apresentando também personagens de um outro mangá da
mesma autora, o Junjou Romantica - que divide a história em outros três casais
- para justificar cenas e situações dentro do quadrinho. Ler este mangá pode agregar
conhecimento a diversão, Seka ichi é engraçado, é diferente, é genial.
Lovely
Complex
O mangá Lovely Complex é divertido, engraçado e cativante.
Cada página faz você querer sempre mais, eu sempre quero mais, embora eu saiba
que já acabou. Com um total de 17 volumes LoveCom conta a história de Ootani
Atsushi - o garoto mais baixo de sua sala - e Koizumi Risa - a garota mais alta
de sua sala - à procura do par perfeito. Fazendo uso de cenas engraçadas e
trocadilhos com programas de variedades e da energia das personagens.
A arte simples e cheia de caricaturas faz cada personagem
apresentado icônico, além de ser um dos maiores sucessos no Japão dentro da
categoria Shoujo de Comédia por agradar um público de uma ampla faixa etária. O
enredo linear e direto arrasta sua atenção e é capaz de arrancar lágrimas com a
mais simples situação.
Por Kabutows
Jojo's
Bizarre Adventure
Por que uma obra de 1987 e com mais de 100 volumes deveria
ser lançada no Brasil? Todo o valor histórico e artístico desse mangá talvez
sejam motivos o bastante, mas se isso não te convence, talvez uma das histórias
mais criativas e bizarras já criada pelos japoneses - apresentando personagens
muito carismáticos e situações de tirar o fôlego - possam ser suficiente. Além
de quem recentemente essa franquia esteja reconquistando seu espaço no mercado
japonês com animações e uma nova versão de seu mangá para colecionadores. E por
fim, se isso não é motivo para Jojo's Bizarre Adventure ser publicado no
Brasil, talvez estejamos perdendo a chance de ler dos maiores clássicos da
Shonen Jump.
Yowamushi
pedal
Recentemente tem se visto no Japão uma onda da adaptações
de mangás de esporte para animes, entre esse diversos mangás é difícil
encontrar algum que consiga fugir dos clichês (dos atletas de sangue quente em
busca de vitória) e, ao mesmo tempo, se ater a fórmula (do trabalho em equipe)
desse tipo de estória. Yowamushi pedal é uma obra que consegue se destacar
nesse meio, devido a seu protagonista totalmente diferente dos comumente vistos
em mangás desse gênero. Onoda, com sua personalidade tímida e gentil, consegue
se destacar por ser um completo novato no esporte abordado, o ciclismo, pela
sua força e perserverança, com o tempo é notável o quão empolgante é o
crescimento do principal. Enfim, Yowamushi Pedal é um mangá que consegue
empolgar, divertir. Merecendo seu espaço no Brasil, afinal acaba deixando um
sorriso no rosto daquele que lê.
Por Okazaki
Clannad
É uma visual novel japonesa criada pela companhia de
Software Key, e foi adaptada para mangá em 2005 sendo publicada pela Comic
Rush. A história tem como personagem principal Okasaki Tomoya, um estudante
despreocupado com a vida e que não liga muito para o futuro. Porém essa vida
passiva começa a mudar quando ele conhece Furukawa Nagisa, uma garota meiga e
um pouco atrapalhada, que por causa de problemas de saúde acabou repetindo de
ano. Nagisa tem como objetivo em seu último ano letivo reabrir o clube de
teatro, e como Tomoya tem muito tempo livre, acaba tentando ajuda-la.
Clannad não se resume a uma vida normal escolar, já que sua
história se divide em duas partes, sendo a segunda depois deles se formarem.
Tanto na primeira parte, quanto na segunda, o enredo desenvolve diversos
problemas ligados ao dia a dia de uma pessoa normal, porém a junção desses
problemas com o passado difícil dos personagens, tanto do Tomoya, quanto de
outros personagens secundários, é que o torna uma das histórias mais bonitas e
tocantes já feitas nesse ambiente mangá/anime, sendo a lição de vida mais forte
que eu já tive em um mangá.
Por isso gostaria que esse mangá fosse publicado por uma
editora brasileira, pois tenho certeza que encantaria diversos fãs do gênero, e
até mesmo quem já conhece, o compraria.
Diamond
no Ace
É um mangá shounen de beisebol feito pelo Yuji TeraJima e
publicado pela Kodansha. Seu personagem principal é Sawamura Eijun, um garoto
super extrovertido que mora em uma cidade no interior, mas ao passar para o
Ensino médio, ele se muda para uma cidade grande e entra para um colégio de
elite no beisebol.
Ao contrário de muitos mangás de esportes, a estrela de
Sawamura não tem um brilho tão forte e o seu protagonismo não fica tão maçante
ao leitor. Mesmo ele sendo o arremessador, posição mais importante em um time
de beisebol, as partidas são construídas de um modo que todas as posições
tenham sua importância, assim focando em todo o time. O trabalho de equipe é
muito visado, e o companheirismo dentro do time ajuda com que isso seja feito
com mais facilmente.
No Brasil foram poucos os mangás de esporte publicados,
assim Dia no Ace viria para preencher essa lacuna e ainda divulgaria um pouco
mais o beisebol, já que não é um esporte popular em nosso país.
Por Zekken
Shigatsu
wa Kimi no Uso (Arakawa Naoshi)
Um shounen com cara de shoujo e carga de seinen? É possível
e deu certo! O mangá Shigatsu wa Kimi no Uso conta sobre um jovem pianista,
Arima Kousei, que após a perda de sua mãe parou de tocar piano e participar de
competições de maneira misteriosa. Após 3 anos sem tocar piano, a vida de
Kousei se cruza com a de Miyazono Kaori, uma jovem violinista que faz de tudo
para que ele volte a tocar piano como antigamente – unindo forças com os amigos
de infância do garoto, Sawabe Tsubaki e Watari Ryouta. Sendo convencido aos
poucos, Kousei começa a ganhar mais segurança e enfrentar seus ‘monstros’ do
passado, aprendendo algo novo com cada um de seus colegas. O mangá foi
publicado entre 2011 e 2015 em 11 volumes, tendo seu anime lançado na temporada
de outono do ano passado (um dos melhores na minha opinião).
Acredito que Shigatsu wa Kimi no Uso seria uma excelente
pedida aqui no Brasil. O mercado de shounens é grande por aqui, o traço de
shoujo faz a leitura mais prazerosa e a carga seinen torna a estória mais rica
e envolvente. O mangá tem uma linearidade perfeita apesar de conter muitos
flashbacks, os personagens são extremamente carismáticos e o contexto do meio
musical explora a sensibilidade de quem o lê.
Citrus
(Saburo Uta)
O mangá gira em torno de duas protagonistas, Aihara Yuzu e
Aihara Mei. Após a mãe da Yuzu decidir casar-se com o pai da Mei as duas
garotas acabam se tornando meio-irmãs, sendo obrigadas a viver sob o mesmo teto
e frequentar o mesmo colégio tradicional feminino. Yuzu é barulhenta,
espontânea e um tanto desleixada, Mei é a presidente do conselho estudantil,
silenciosa e rígida – as coisas não começam muito bem na relação entre elas. E
se... elas se apaixonassem uma pela outra..? Os opostos se atraem, certo? Mas
como lidar com o fato delas serem irmãs? E assim se desenvolve Citrus, que
começou a ser publicado em 2012 e encontra-se atualmente no 16º capítulo.
Obviamente, é um mangá do gênero yuri e acredito que mereça
sua chance aqui no Brasil. Os gêneros yuri/yaoi e shounen/shoujo-ai ainda não
são muito publicados por aqui, mas de algum tempo pra cá vem ganhando mais
espaço e fãs. Até então a editora que tem se mostrado destaque em lançar mangás
de gêneros mais diversificados é a NewPOP (tendo entre seus títulos de yaoi
Loveless, Gravitation, Croquis e Blood Honey). Se for pra introduzir o gênero
yuri em terras tupiniquins, Citrus é um ótimo começo. O traço é muito bonito, a
estória é empolgante e a movimentação dos personagens sempre garante surpresas.
E você leitor? Qual mangá gostaria que fosse publicado no
Brasil? E por que? Deixe nos comentários.
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