Depois de 14 anos após o 3º filme da franquia, a maior saga
de dinossauros do cinema volta às telonas. Dessa vez com um objetivo de se
renovar em tudo, mas, ao mesmo tempo, fazer as devidas lembranças e uma linha
de continuidade principalmente com o primeiro filme, de 1993.
O longa começa com a história dos irmãos Gray (Ty Simpkins)
e Zach (Nick Robinson) indo para a ilha de Jurassic World, onde os dinossauros
são a grande atração e o chamativo do parque. Milhares e milhares de pessoas se
deslocam até lá para ver de tudo. O grande problema ocorre quando a tia desses,
Claire (Bryce Dallas Howard), envolvida num caso de mutação genética de um
grande T-rex, o deixa acidentalmente fugir, o que causa todo o problema no
parque.
Os pontos positivos começam com o nível das atuações. Todos
do elenco estão muito bem, o problema é que muito mal dirigidos. Destaque maior
fica para Chris Pratt e Bryce Dallas. Esses conseguem fazer um excepcional
trabalho de atuação e passar toda a força dos dois personagens. Seguindo com o
belíssimo CGI do filme. Isso já não é duvida nessa franquia. Desde o primeiro
temos uma excelência nos efeitos visuais e gráficos, que atingem o mais alto
nível de perfeição nesse. Seguindo com a belíssima trilha sonora. Desde repassar
a trilha clássica até uma criação de atmosfera perfeita, Michael Giacchino
(compositor), eleva seu trabalho a uma grande perfeição e nostalgia.
Pelo lado negativo, o longa começa com a direção bem fraca
de Colin Trevorrow. Esse que não inova em nada e tenta em todo o momento um
encaixamento de planos bem errados e confusos. Muitas vezes cenas não tem
sentido nenhum. Seguindo com o roteiro.
Esse que possui diálogos muito fracos em muitos momentos e um desenvolvimento
de personagem bem fraco e totalmente clichê e estereotipado. O garoto fã de
dinossauros, o adolescente chato com fone no ouvido, a mulher mega ocupada e
totalmente indefesa e etc. Seguimos com o péssimo vilão Hoskins (Vicent
D’Onofrio), que tem um ator esforçado, mas que possui o plano mais bizarro, mal
elaborado e totalmente insano. O pior é que não é pra ser engraçado. Além
disso, seu final no filme é totalmente fraco.
Apesar disso tudo, o filme possui seus grandes momentos. A
imaginação de uma possível realidade do parque é algo extremamente inteligente
e interessante meio que o longa aborda. Além disso, o seu clímax e o seu fade
out são extremamente bem realizados e de arrepiar qualquer fã da franquia. O
problema é que a base fica em tentar remeter ao clássicos em várias e várias
cenas (algumas extremamente forçadas e outras muito bem feitas) e ficar sem ter
um desenvolvimento direito sobre tudo da
atual situação. O maior exemplo é o personagem Lowery (Jake Johnson), que tem
sua personalidade baseada de fã da franquia e apenas nisso. Sem nenhuma maior
camada.
Jurassic World tem seus ótimos momentos, mas, apesar disso,
não consegue ser um maravilhoso fôlego de retomada da franquia. Não é o pior
filme dos 4, mas está em 3º na lista. Quem sabe se a partir dos próximos uma
identidade própia do longa seja buscada em vez de apenas um filme homenagem. Se
você já é um fã, veja pois valerá a pena, mas se quer iniciar, recomendo pegar
o de 1993 e ser feliz.
Nota: 6,0/10
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