Se houvesse como ser mais forte do que um Deus? E se não
tivesse limites para ficar sempre mais forte? Esse é o mundo de Dragon Ball Z.
Cá estamos no longa que consagra o retorno as origens do auge do anime de
sucesso de Akira Toriyama. Um filme de exaltação a obra que fez a infância de
milhares, e promete muita nostalgia.
Em ‘Dragon Ball Z – O Renascimento de F‘, o vilão Freeza, o
Imperador do Mal, renasce, alcançando a última de suas transformações. Caberá a
Goku e seus amigos os guerreiros Z Vegeta, Mestre Kame e Gohan juntar forças
para combater o inimigo que voltou dos mortos. A plot é simplista e saudosista
o bastante para levar qualquer fã ao cinema e apreciar boas cenas de lutas como
antigamente. Seguindo os acontecimentos do último longa, ‘A Batalha Dos Deuses’
veremos mais ação e uma ameaça mais declarada, e nada mais justo que o
arquétipo de vilão ideal da franquia, Freeza.
Bem, ao contrário de ‘Batalha dos Deuses’ que pecou no
exagero do humor em detrimento da história, aqui tudo funciona muito bem. Desde
o tempo de tela de cada um dos personagens, o perfeito equilíbrio entre as
cenas de humor típicas de Akira Toriyama, até as incríveis batalhas que se
tornaram marca registrada de Dragon Ball, tudo é muito bem dosado entregando um
filme completamente amarrado. E por falar em tempo de tela dos personagens, até
mesmo o novato Jaco, o patrulheiro galáctico,
personagem do último mangá de Toriyama que serve como um prequel de Dragon Ball
possui ótimos momentos no filme, ajudando na luta contra os soldados de Freeza
e roubando a cena com tiradas sensacionais. Fica aí um lembrete aliás, e a
esperança de que a Panini traga esse importante mangá aqui para o Brasil.
O filme trabalha bem o relacionamento de Goku e Vegeta
mostrando a rivalidade existente entre eles, com um sutil toque de respeito e
clara necessidade da existência de cada uma para o outro. Um diferencial é que
os defeitos de ambos são apontados e demonstrados pelo Whis e Bills (Os vilões
do filme anterior), que por sinal roubam a cena no filme. Agora fazendo o papel
de mentores da dupla Goku e Vegeta. Além de partir deles a revelação de que os
dois juntos podem ser os mais poderosos desse universo. A maneira como ficou
claro o que Vegeta e Goku precisam fazer para melhorar, mostra um
amadurecimento na história dos dois.
A animação está impecável. A mistura do 2D com 3D é
belíssima, além dos traços e sequências de ação. O filme foi muito bem
trabalhado e desenhado. O longa de fato, conseguiu cobrir brechas do anterior.
Entretanto, alguns cortes de cena foram mal implementados. Deixando de lado
partes que poderiam ser mais desenvolvidas. Tanto dos mocinhos como dos vilões.
Claro que o ritmo foi devido ao renascimento de Freeza, mas devido a isso
possíveis cenas talvez deixassem o filme ainda mais interessante. Como os 4
meses de treinamento do vilão para alcançar Goku. Ou a falta de explicação dos
poderes de Goku e Vegeta.
E claro que a dublagem merece destaque por contarmos com a
voz original do herói no comando de Wendel Bezerra (O eterno Goku), e por ter
garantido o retorno de 100% do elenco original. Então além do próprio Wendel
como Goku, temos de volta Alfredo Rollo como Vegeta, Tânia Gaidarji como Bulma,
Luiz Antônio Lobue como Piccolo, além do incrível Carlos Campanile retornando
após tantos anos para emprestar sua poderosa e nostálgica voz para o vilão
Freeza. Só esse elenco já vale o ingresso.
Dragon Ball Z: O Renascimento de Freeza traz um forte
sentimento de nostalgia. Apesar dos defeitos na direção. O roteiro foi firme na
ideia e deixou claro sua mensagem aos fãs. Espera-se que as explicações que
ficaram devendo venham em Dragon Ball
Super, a nova série de TV da franquia. Então se está procurando um
espetáculo visual, boas lutas e memórias afetivas esse longa é pra você.
Nota: 8.5
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