domingo, 21 de junho de 2015

Gunslinger Stratos (Crítica)


E se o futuro lhe mandasse uma mensagem avisando-o sobre o grande fim de dois mundos se colidindo? A partir dessa ideia que a adaptação do game de mesmo nome inicia sua batalha. Uma verdadeira batalha, de fato é para animes baseados em jogos emplacarem, e apesar de uma boa premissa Gunslinger desaponta na direção e no roteiro pela falta de detalhes.
Gunslinger é baseado em um jogo da Nitro+ que teve a mão do Urobuchi Gen (Madoka Magica, Fate/Zero, Psycho-Pass). Apesar disso, o anime não teve a participação dele no staff e nem como supervisor de roteiro, o que certamente foi de grande impacto na obra em seu desenvolvimento. Não é de se admirar que a direção tenha sido um dos principais incubadores da derrota desse anime. Visto que o diretor Ezaki Shinpei não tem um histórico como diretor, ou seja, um iniciante trabalhando em uma obra de Urobuchi. A menos que ele fosse um gênio ou tivesse experiência na área de direção o anime poderia ter tido um outro aspecto.
O Sci-fi de ação amostrado veio para encantar olhares, o PV mostrou um universo interessante de ser acompanhado. A animação mostrou-se bem desenvolvida e poucas falhas técnicas à primeira vista. As cores e a trilha sonora são outro aspecto a se levar em consideração. Na trama um estudante normal, Tooru Kazasumi, de alguma forma, acaba se envolvendo no argumento de outro mundo chamado de ”Frontien S (Stratos)”. Isso também significa lutar com seu outro eu. O que começa a ocasionar uma guerra entre dois mundos.
O destaque para os dubladores dos personagens Katagiri Kyouka (voz de Kanemoto Hisako que é famosa no Japão por ter trabalhado em obras de sucesso como Bleach, Durarara e Nanatsu No Tanzai), Katagiri Kyouma (voz de Nishida Masakazu dublador iniciante que se destacou em Gundam Build Fighters Try), e Kazumi Tooru no combo (vozes de Abe Atsushi já conhecido por animes como Another e Bakuman; e Nishigaki Yuka conhecida por Diabolik Lovers). Todos os citados fizeram um trabalho importante a obra e colaboraram de maneira que confiássemos nos personagens que eles estavam dublando.
Bem, agora vamos a direção que foi o veneno inserido nesse anime, uma infelicidade eu diria, pois com uma premissa dessas é mais um anime baseado em jogo que perdemos a chance de pôr no topo. Salve poucos como Pokemon, Robotic;Notes, Hakuouki, dentre alguns outros que conseguiram se manter no mercado e demonstrar que esse tipo de conteúdo tem potencial, apesar dos males. Ezaki Shinpei trabalha a direção de modo superficial sem precedência nenhuma em detalhes. Os diálogos até correspondem até certo ponto, mas perdem foco nos momentos de maior importância da trama do anime. Outro erro foi focar na ação como desculpa para o título da obra. Não é por que é uma guerra entre dois mundos que se deve focar exatamente na batalha entre eles. Quando digo isso não digo de maneira literal, mas consciente de que existem maneiras de se aproveitar de tal princípio. Tal como estratégia, elaboração de tensão capítulo por capítulo e saber ligar os pontos da história para não perder detalhes importantes. Como havia dito, o grande erro de Shinpei foi não trabalhar os detalhes, pois essa obra não se tratava de casos da semana, mas de uma necessidade linear ininterrupta. O que infelizmente ele fracassou em fazer. Para não dizer que ele dirigiu completamente mal para alguém de primeira vez, o trabalho que ele fez de exposição do vilão foi bem conduzido e pode se dizer até bem finalizado.

A equipe de produção do anime está de parabéns seja para o character design pelas mãos de Shin’ichi Yokota (Tsubasa Revenoir Chronicle, One Piece, Death Note,etc) ou pelo já conhecido estúdio A-1 Pictures (AnoHana, Sora no Woto, Tetsuwan Birdy Decode) pelas excelentes produções.
Apesar de todos os aspectos na direção e no roteiro, no que diz respeito a sonorização os cantores fazem um bom trabalho. A abertura por exemplo é cantada por Mashiro Ayano em sua canção Vanilla Sky encontra-se expressividade e principalmente um tom de determinação. O encerramento salva como alívio de todo final de episódio, cantado pela cantora Garnidelia que já fez outros trabalhos em animes como: As segundas aberturas de Mahouka Koukou no Rettousei e Kill La Kill. Sua voz não só encanta, mas ao mesmo tempo sua canção traz um sentimento de paz e reflexão.
No mais, Gunslinger Stratos só deixou a desejar, pois tinha a ‘faca e o queijo na mão’ para nos presentear um bom anime. Mas, que no fim não passou de raso e descaracterizado pelas linhas da direção.


Nota: 5.8
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