domingo, 22 de novembro de 2015

Digimon Adventure Tri (Reunião 1-4) – Crítica


Os digimons e seus digiescolhidos estão de volta para mais uma aventura, e elevar nossa nostalgia ao delírio. Apesar de muito ter circulado dentre os fãs por toda a internet que Adventure Tri não iria acontecer, a TOEI negou tudo e seguiu com a produção. E ao invés do imaginado retorno em uma temporada regular, optou-se pelo estilo OVA, onde se trabalha mais o conceito de desenvolvimento de personagem e o drama é instalado de forma mais simplificada.
Após seis anos os digiescolhidos: Taichi, Yamato, Sora, Koshiro, Kari, Mimi, Joe e T.K seguem com suas vidas no ensino médio. Todos não parecem ter mudado em nada, mas Taichi começa a demonstrar traços de indecisão sobre lutar ao lado dos digimons, depois que Kuwagamon aparece no mundo humano através de uma distorção no espaço virtual, que passa a conectar o digimundo ao nosso mundo.
A nostalgia invade nosso olhar ao subir a trilha sonora na hora da ação, principalmente pela aclamada Brave Heart, canção tema da digitransformação. Nesse quisito Adventure Tri conta com tons levemente remixados em um ou outro detalhe mínimo de sua trilha, sem tirar o brilho da musicalidade original. Em questão musical os produtores devem ter se inspirado no crescimento dos digiescolhidos e aos poucos irão implementando novos toques nas trilhas sonoras, conforme a trama avança.
 O gráfico faz ressalvas nas cores dos digimons que estão mais em evidência, tornando-os ainda mais especiais em relação aos demais personagens. Quanto o novo formato na digitransformação, possui um plano de fundo que procura evidenciar os brasões de alguma forma, isso foi uma boa sacada, mas a base de transformação quando se digitaliza em células para simbolizar o que seria uma digitama (ovo Digimon), foi uns dois poucos pontos negativos, porém um mero detalhe, que não chega afetar em nada no produto final do conjunto da obra.
Alphamon aparentemente será a nova ameaça que os digiescolhidos e seus digimons terão de enfrentar pela frente. Um Digimon capaz de infectar outros digimons e os fazendo ficar enfurecidos. O roteiro fez um excelente trabalho com a direção deste primeiro OVA dividido em 4 partes. A sutileza em demonstrar o mistério, o romance, a ameaça traz muito do trabalho de direção trabalhado no anime.

Diferentemente do anime, o especial junta elementos utilizados em Digimon Adventure Two e Digimon Tamers para influenciar nossos heróis a agir contra o inimigo, e avisá-los sobre a eminente ameaça. Como pôr alguns dos adultos próximos aos jovens como infiltrados, que respondem a alguém maior, que segue um mistério, e vem recebendo informações sobre o mundo digital e a existência dos digiescolhidos através de Gemnai (o ancião/mentor que antes salvaguardou as crianças tanto no mundo digital tanto humano). Além de inovar usando da inteligência de Koshiro para criar um cyberespaço para manter seus digimons seguros, tecnologia essa que lembra muito da que o mesmo implementou em Digimon Adventure Two ao teleportar humanos e digimons através de uma tela de computador. Mas que passa a fazer o teleporte por qualquer televisor que tenha uma certa conversão de dados ligada a ela.
A animação e os efeitos ficaram a desejar, não obstante eles melhoraram o tratamento da cores e brilhos não tiveram o mesmo cuidado que possuíam ao trabalharam em cima dos efeitos e nos movimentos rápidos de seus personagens. Ao assistir é perceptível que em determinados momentos da ação a animação não segue o ritmo dos cortes e destoa em efeitos baratos. Outro detalhe vai por terem optado não por mais a voz dos digimons dizendo o nome dos golpes ao deferi-los, algo que pelo menos senti falta. (Mas esse último não influi no conteúdo, apenas ponto vista).
Muitos mistérios foram levantados e deixados no ar nesse primeiro momento, como quem é o cabeça da organização que cuida de atividades envolvendo o digimundo e o mundo humano. O digimundo será tema dos próximos capítulos, muito provavelmente, sendo citado mais de uma vez e uma dessas alegando que eles precisarão voltar para lá se quiserem resolver os problemas.
Aos que acharam que Digimon Adventures Tri seria apenas um spin off do anime, enganou-se, pois este veio para não somente mostrar uma continuação, mas para traçar uma linha tênue entre os acontecimentos da primeira e segunda temporada do anime que se conectam, que acredito que aqui será abordada essa conexão em algum momento.
Digimon Adventure Tri veio para apaziguar os corações inquietos sobre a volta da franquia Digimon. Vale ressaltar que a TOEI acertou a mão na continuação, que veio repleta de nostalgia, mistérios A La Digimon, amadurecimentos de seus personagens, afinal passaram-se seis anos. Soube trabalhar o romance entre seus personagens sem exageros. Dispondo-se a produzir conteúdo e histórias ainda mais amplas e complexas, pois essa fase da adolescência na qual eles se encontram oferece essa opção.


Digimon Adventures Tri obterá seis OVAs, cada um deles divididos em quatro episódios com exibição pelo streaming Crunchyroll. O segundo OVA já está com previsão de lançamento para a Temporada de Primavera 2016 no Japão, ou seja, em março teremos o segundo OVA com mais quatro capítulos fresquinhos. É agora que a aventura se digitransforma!!!


Nota: 8.0
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