segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Crítica Jogos Vorazes: A esperança - O Final

A nova moda das franquias atuais no cinema hollywoodiano é dividir a obra em mais de uma parte, principalmente na sua finalização. Harry Potter começou com isso e agora a tendência está sendo cada vez mais seguida. Assim, a nova grande franquia adolescente “Jogos Vorazes” segue na mesma e realiza o mesmo erro.
A esperança – O final continua os acontecimentos da sua primeira parte, com a guerra contra a capital, Katniss como grande símbolo, as disputas internas e a contraofensiva da Capital. Além disso, depois de ter sua mente torturada, Peeta se torna uma ameaça.
O filme desaponta muito. Ele não é de todo ruim, mas é bem mais abaixo do que poderia ser. Para começar pelos pontos positivos, se deve analisar as excelentes atuações dos protagonistas. Jennifer Lawrence se aprofunda mais ainda na protagonista Katniss e faz, sem sombra de dúvidas, a melhor atuação de sua carreira; Julianne Moore e Josh Hutcherson também devem ser destacados. No tempo de tela que os dois também trabalham muito bem sobre os personagens; O resto do elenco conta com alguns nomes de peso, mas todos sem tanto tempo de tela para se desenvolverem mais do que poderiam, mesmo assim, todos estão muito bem. Continuando com a direção de Francis Lawrence (diretor de Em Chamas e da Esperança – Parte 1) que consegue realizar um grande trabalho passando tudo que as cenas precisam. Alguns planos longos são bem interessantes e a sua utilização dos enquadramentos e criação de tensão na cena do esgoto, é uma das grandes coisas da série. As cenas de ação também devem ser destacadas nessa parte. Seguindo com a ótima fotografia, com ótimos enquadramentos e contrastes bem interessantes narrativamente. Por fim, a trilha sonora também é boa. Não é a melhor da franquia, mas James Howard faz um bom trabalho.
O roteiro do longa é bem mediano. A divisão em duas partes atrapalha demais para o desenvolvimento total da linha narrativa. Além disso, o clímax é quase inexistente, pois acontece no meio da trama. Além disso, o corte abrupto no que seria esse “clímax” é extremamente mal realizado e explicado. Continuando, o filme parece que não sabe quando terminar. Existem 3 finais possíveis ali, mas todos mal aproveitados e no final real, é extremamente triste ver a série acabar assim. E com um diálogo final péssimo. O desenvolvimento da protagonista nessa última parte também é bem ruim. Katniss parece não sentir nem sofrer nada pela guerra (e esse sentimento não se deve pela atuação, mas sim pela falta de material para trabalho). Por fim, a finalização da maioria dos personagens é deixada quase pela metade e bem jogada, na sua maioria.
É extremamente triste observar que uma franquia que falha demais no seu último filme, possui a melhor cena de todos os longas nele (a cena do esgoto) e ao mesmo tempo desenvolva muito pouco do que pode. Além disso, o enfoque no triângulo amoroso a todo momento é bem decepcionante e tira o total de foco que a história poderia dar para outras coisas.
Jogos Vorazes: A esperança – O Final não é um filme, mas também não é tão bom. Possui ótimos aspectos e uma qualidade bem grande no seu elenco e na sua direção, mas erra muito e nos seus próprios tropeços acaba se perdendo um pouco demais onde poderia acertar muito. A divisão em duas partes do final atrapalha mais ainda a experiência do longa numa maneira geral. Apesar disso tudo, é um filme bem divertido e, para quem assistiu até agora todos os outros, não irá perder a finalização de uma das grandes franquias adolescentes do cinema.

Nota: 6,5/10
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3 comentários:

  1. Assisti o filme e nao concordo em nada da critica feita acima .. o filme dividido em duas partes ficou otimo deixando um "gostinho de quero mais" e o filme ficou perfeito como descreve o livro .. simplesmente para uma fa que leu e assistiu a tragetoria do filme achei perfeito e nao tenho do que reclamar .. Esse foi um dos melhores finais de serie de filme que ja vi ..

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Parabéns ótima crítica, concordo.

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