É difícil falar de Star Wars sem conectar com a vida de
muitas pessoas. No meu caso, a trilogia clássica me fez virar nerd e começar a
amar cinema ainda mais, só isso tudo. Além disso, esteve presente nos momentos mais
legais e mais difíceis de minha vida. Assim, quanto mais próximo chegava o
lançamento do episódio VII, mais nervoso eu ficava, porque eu teria aqueles
personagens que tanto amo de volta e todo aquele mundo também. Mas o que eu não
esperava é que seria bem mais que isso.
Não dá para falar nenhuma sinopse porque é extremamente
importante que todos entrem no filme sem saber de nada, apenas vendo os
trailers, teaser e spots (podem ver que eles não dizem NADA). Então, nessa
crítica falarei um pouco sobre a experiência e todo o sentimento.
É importante começar falando de J.J. Abrams. O diretor, fã
da saga, usa e abusa de referências e respeito a toda mitologia de Star Wars.
Muito melhor que o criador, um tal de George Lucas, que parecia não saber o que
fazia na trilogia nova. Além disso, a direção dele é muito sólida, com ótimos
planos, enquadramentos, movimentos de câmera e até alguns excelentes planos
longos. É bom falar também da genial trilha sonora de John Willians. Ele
reaproveita certos temas da primeira trilogia e as músicas novas complementam
muito bem toda a trama. Inclusive (sem spoiler nenhum), ele destrói na cena de
finalização do longa.
As atuações são algo a parte. Harrison Ford e Carrie Fisher
dão um grande show à parte e parecem visivelmente emocionados voltando a atuar
nos grandes papéis de suas carreiras. Mas falando sobre coisa nova, todos estão
muito bem. John Boyega transmite um carisma sensacional para o excelente
personagem Finn, Daisy Ridley está fantástica como Rey (que, inclusive, é a melhor
das personagens novas), Oscar Isaac está muito bem como Paul Dameron e Adam
Driver faz o papel de Kylo Ren de maneira sensacional (a entonação de voz é um
show à parte). Continuando falando sobre os personagens, BB-8 é uma grande
adição para a turma de grandes droides da série. É impressionante o quanto um
robô tem de emoções. Snoak (Andy Serkins) também é um bom personagem, mas ainda
deve se mostrar mais ao que veio na continuação da trilogia. Capitã Phasma
também aparece bem pouco e não as caras para tudo que esperavam (creio que nos
próximos filmes terá mais destaque).
Continuando sobre o lado técnico, a fotografia é
sensacional. As palhetas de cores muito interessantes e bonitas e o
detalhamento de vida em cada um dos planos é fantástico. Uma cena, próxima ao
fim, tem um dos planos mais lindos que já vi no cinema. A direção de arte
também está sensacional com tudo bem palpável na realidade. Por fim, o roteiro
é genial. Reaproveita ideias que já deram certo na saga e consegue estabelecer
um tudo novo e sensacionalmente bom.
Algumas pessoas reclamaram de o filme querer ser um remake
do episódio IV. Eu discordo muito disso, pois creio que o longa aproveita
algumas ideias do original, mas não repete, tem uma ideia de continuação muito
clara e digna em tudo ali. Tudo parece novo e não vi nada de tão repetitivo
assim.
Star Wars – O despertar da força é o filme que os fãs
esperavam desde o Retorno de Jedi. É a volta triunfante de todo esse universo
que amamos tanto e de uma maneira totalmente inesperada. Bons personagens, um
bom roteiro, bons twists e muita, literalmente, guerra nas estrelas. Não perca
tempo e vá correndo para o cinema, porque Star Wars está de volta.
Nota: 10/10
Assista Star Wars: O Despertar da Força Full Film On-line : http://starwarstheforceawakens2015.com
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