terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Crítica - One Punch Man


Em uma temporada de Outono bem tímida sobre seus lançamentos no Japão, surgiu One Punch Man como o HYPE da temporada e no fim acabou fazendo jus a sua fandom, do mangá para o anime. A história do personagem Saitama cativou os fãs, trazendo importantes lições como: mudança comportamental, não desistir daquilo que acredita e principalmente fazer aquilo que gosta e se esforçar sempre.
Bem a PLOT desse anime é bem simples, vemos o dia-a-dia de um herói normal que está infeliz por ser forte demais para derrotar todos os seus oponentes com apenas um soco, já que isso não lhe traz mais a sensação de adrenalina ao enfrentar um inimigo poderoso. A obra é originalmente um mangá da Shueisha feito pelo grande Murata-sensei, autor de Eyeshield 21. Entretanto, existe o fato de que OnePunch é um mangá criado por um random qualquer, com o pseudônimo de One, e publicado de forma independente na Internet. O autor segue fazendo o mangá sozinho e postando na Net, enquanto uma nova versão dele é redesenhada pelo Murata e publicada pela Shueisha, mas também com os roteiros do One.
O anime se constitui como paródia e se estabelece bem em seus episódios, confesso que até o capítulo quatro me perguntava se estava assistindo mesmo apenas casos da semana e se de fato essa era mesmo a proposta. Até que fica perceptível o quão o anime não esconde ser uma paródia, e assume isso de forma magnífica. Pois se tem algo no qual One Punch Man é bom é passar carisma de seus personagens. E a todo momento referenciar de alguma forma a cultura japonesa e seu cotidiano. Com diversos clichês do gênero Shounen, sendo uma obra voltada para comédia nonsense.
Sobre a parte técnica, a animação mostrou-se bem fluída, bem adaptada do mangá, ao trazer uma abertura empolgante pela JAM Project (Bakuman, Yu Gi Oh! Duel Monsters GX, Uchuu Senkan Yamato 2199). E o encerramento pela bela voz de Hiroko Moriguchi (Mobile Suit Gundam F91), que traz uma paz interior após a correria do episódio. A voz de Saitama fica a cargo de Makoto FURUKAWA (Gaist Crusher, Aldnoah Zero, Golden Time) ele não é muito conhecido e pega seu terceiro papel como protagonista. Mas por outro lado a voz imponente de Genos fica com Kaito ISHIKAWA (Gangsta, World Trigger, Owari No Seraph, Terraformars, Zankyou no Terror). Destaque para a heroína invejosa Tatsumaki-chan na voz da atriz, cantora e dubladora Aoi YŪKI (Tokyo Ghoul, Dog Days, Nanatsu No Tanzai, Sword Art Online, Soul Eater Not).
O estúdio MadHouse comanda a produção, o que é de esperar de uma animação tão bem executada. Vale lembrar que quase todos da equipe desse estúdio são basicamente freelancers, não são de um estúdio fixo. O diretor foi um dos principais de Space Dandy e conhece inúmeros animadores de grande qualidade. Isso é algo muito bom, pois garante uma animação à altura das cenas de ação e lutas que temos no mangá.
No que diz respeito a direção temos Shingo Natsume-san conhecido por dirigir a lenda viva que é o anime Doraemon. Ele esteve à frente de dois filmes dessa obra. Além de ter sido o diretor de Fullmetal Alchemist: Brotherhood. Natsume-san conduziu com firmeza os 12 episódios trazendo dinâmica as lutas, as alongando tornando-as vitais para o desenvolvimento. Sua linha de construção dos capítulos se comportou de modo bem simples e incisiva. Em apenas 5 episódios é nítida a forma como Shingo opta por construir os episódios. No roteiro temos o não tão conhecido Tomohiro Suzuki em seu segundo trabalho como roteiro completo de uma obra para adaptação. Sendo seu anterior o filme Saint Seiya: Legend of Sanctuary.
Comédia nonsense em sua essência One Punch Man não tem medo de se assumir como paródia o que funcionou para adaptação. Hoje a obra já conquista milhares de fãs ao redor do mundo. E com produção do mangá do mesmo no Brasil pela Panini. Sem dúvida o anime foi um dos que vieram para ficar.


Nota: 9,0
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