Em uma temporada de Outono bem tímida sobre seus lançamentos no Japão, surgiu One Punch Man como o HYPE da temporada e no fim acabou fazendo jus a sua fandom, do mangá para o anime. A história do personagem Saitama cativou os fãs, trazendo importantes lições como: mudança comportamental, não desistir daquilo que acredita e principalmente fazer aquilo que gosta e se esforçar sempre.
Bem a PLOT desse anime é bem simples, vemos o dia-a-dia de
um herói normal que está infeliz por ser forte demais para derrotar todos os
seus oponentes com apenas um soco, já que isso não lhe traz mais a sensação de
adrenalina ao enfrentar um inimigo poderoso. A obra é originalmente um mangá da
Shueisha feito pelo grande Murata-sensei, autor de Eyeshield 21. Entretanto,
existe o fato de que OnePunch é um mangá criado por um random qualquer, com o
pseudônimo de One, e publicado de forma independente na Internet. O autor segue
fazendo o mangá sozinho e postando na Net, enquanto uma nova versão dele é
redesenhada pelo Murata e publicada pela Shueisha, mas também com os roteiros
do One.
O anime se constitui como paródia e se estabelece bem em
seus episódios, confesso que até o capítulo quatro me perguntava se estava
assistindo mesmo apenas casos da semana e se de fato essa era mesmo a proposta.
Até que fica perceptível o quão o anime não esconde ser uma paródia, e assume
isso de forma magnífica. Pois se tem algo no qual One Punch Man é bom é passar carisma
de seus personagens. E a todo momento referenciar de alguma forma a cultura
japonesa e seu cotidiano. Com diversos clichês do gênero Shounen, sendo uma
obra voltada para comédia nonsense.
Sobre a parte técnica, a animação mostrou-se bem fluída,
bem adaptada do mangá, ao trazer uma abertura empolgante pela JAM Project
(Bakuman, Yu Gi Oh! Duel Monsters GX, Uchuu Senkan Yamato 2199). E o
encerramento pela bela voz de Hiroko Moriguchi (Mobile Suit Gundam F91), que
traz uma paz interior após a correria do episódio. A voz de Saitama fica a
cargo de Makoto FURUKAWA (Gaist Crusher, Aldnoah Zero, Golden Time) ele não é
muito conhecido e pega seu terceiro papel como protagonista. Mas por outro lado
a voz imponente de Genos fica com Kaito ISHIKAWA (Gangsta, World Trigger, Owari
No Seraph, Terraformars, Zankyou no Terror). Destaque para a heroína invejosa
Tatsumaki-chan na voz da atriz, cantora e dubladora Aoi YŪKI (Tokyo Ghoul, Dog
Days, Nanatsu No Tanzai, Sword Art Online, Soul Eater Not).
O estúdio MadHouse comanda a produção, o que é de esperar
de uma animação tão bem executada. Vale lembrar que quase todos da equipe desse
estúdio são basicamente freelancers, não são de um estúdio fixo. O diretor foi
um dos principais de Space Dandy e conhece inúmeros animadores de grande qualidade.
Isso é algo muito bom, pois garante uma animação à altura das cenas de ação e
lutas que temos no mangá.
No que diz respeito a direção temos Shingo Natsume-san conhecido
por dirigir a lenda viva que é o anime Doraemon. Ele esteve à frente de dois
filmes dessa obra. Além de ter sido o diretor de Fullmetal Alchemist:
Brotherhood. Natsume-san conduziu com firmeza os 12 episódios trazendo dinâmica
as lutas, as alongando tornando-as vitais para o desenvolvimento. Sua linha de
construção dos capítulos se comportou de modo bem simples e incisiva. Em apenas
5 episódios é nítida a forma como Shingo opta por construir os episódios. No
roteiro temos o não tão conhecido Tomohiro Suzuki em seu segundo trabalho como
roteiro completo de uma obra para adaptação. Sendo seu anterior o filme Saint
Seiya: Legend of Sanctuary.
Comédia nonsense em sua essência One Punch Man não tem medo
de se assumir como paródia o que funcionou para adaptação. Hoje a obra já
conquista milhares de fãs ao redor do mundo. E com produção do mangá do mesmo no
Brasil pela Panini. Sem dúvida o anime foi um dos que vieram para ficar.
Nota:
9,0
0 comentários:
Postar um comentário