quarta-feira, 20 de maio de 2015

The Flash Primeira Temporada (Crítica)



Contém Spoilers

A maior audiência da CW teve seu final de primeira temporada deixando saudades e emocionando seus expectadores. Para uma série que poucos davam a devida credibilidade no início, The Flash se provou mais do que merecedora de sua linha temporal.
O velocista escarlate vivido pelo ator Grant Austin desempenhou o papel muito bem, defendeu o senso de justiça de Barry Allen até o final. Surpreendendo em diversas cenas, que foi merecedor do papel. Na trama Barry é um cientista de medicina forense, que trabalha para polícia de Central City. Após a explosão do acelerador de partículas, evento que ocasiona tudo e move o destino da temporada, ele se torna o Flash. A desenvoltura através da S.T.A.R labs é o grande cenário para uma batalha épica entre espaço e tempo. Aos amantes dos quadrinhos conhece muito bem a capacidade do velocista de cruzar a barreira temporal. Sim estamos falando de viagem no tempo. Um conceito que até a metade da temporada ainda era incerto, mas foi inserido de forma impactante e comovente.
Agora a respeito do desenvolvimento dos personagens, os atores simplesmente se divertem em cena. Principalmente Tom Cavanagh, que vive Dr Wells, o mentor do herói e de outros personagens e o vilão da temporada. A natureza vilanesca do plano de seu personagem (uma figura paterna para Barry), logo superada por mais um momento tocante envolvendo Joe West (o “pai” que o protagonista teve após a morte de Norah). Que, por consequência é suplantado pela participação sempre pontual de John Wesley Shipp. Diante de todo esse caos que está a série, entre criações de novas linhas do tempo, mudanças que podem tirar personagens da trama principal e um vilão manipulando a vida de Barry, temos diversas referências que são diretamente ligadas a HQ ou o mundo da cultura pop.  Como não se sentir imerso na história sabendo que temos Cisco um personagem nerd que tem o olhar de todo e qualquer fã de super-heróis em tela quando ele nomeia os vilões e heróis e diz frases como: “Até logo e obrigado pelos peixes” ou “May the force of speed be with you”, entre outras. Como não torcer para Caitlin reencontrar com seu noivo novamente, não há como não sentir cada abraço, cada sorriso desferido pelos personagens ao final de uma temporada estupendamente construída. Com um senso de urgência a se ater aos detalhes que virão a seguir, de fato pensando além da adaptação, com um herói mais humano.

A série conquistou seu espaço com cenas primordiais que salvaram muitas das vezes a temporada, de algo que já estava bem desenvolvido, para algo ainda melhor. Como o romance entre Eddie e Iris, que acaba funcionando, graças a um ótimo diálogo do policial com o Dr. Stein, vivido por um Victor Garber, que está mais à vontade no papel de cientista. Não há como negar: o roteiro deste final de temporada é um dos melhores já filmados no Universo Televisivo da DC no CW, e talvez até entre as adaptações da editora em outras ocasiões, seja na TV, como no cinema. A preocupação dos realizadores em deixar claro o tema do heroísmo, e como isso reflete diretamente as escolhas feitas pelos personagens, gera uma plot, tematicamente, impecável.
Os vilões são uma questão a parte, os menores, mas não menos importantes como Capitão Frio (Wentworth Miller ator de Prison Break), que aparece diversas vezes e não deixa a desejar. E de bônus a galeria dos vilões começou a ser formada, portanto somos apresentados ao Onda Térmica e a Patinadora Dourada. A julgar pelos eventos no fim dessa temporada podemos esperar que o Mago do Tempo e Capitão Bumerangue retornem aos seus papéis para aliança dos vilões. A série não apenas introduziu seus vilões, mas deixou bem claro o destino deles nas próximas temporadas. O elenco também não deixou nada a desejar com aparições especiais de Mark Hamill, reprisando seu papel como vilão The Triskster da série clássica de Flash, e o próprio John Wesley que antes era o Flash.
Além disso, a temporada nos presenteou com um pouco do futuro de Barry enquanto ele corria para viajar no tempo. Uma delas foi o famoso museu do Flash no futuro, também foi visto uma cena da próxima série de heróis, Legends of Tomorrow, a própria Caitlin Snow como a Killer Frost, uma versão do Barry na cadeia e o capacete de Jay Garrick. Para quem não sabe, Jay é o Flash da Terra-2. Então, o que faria o capacete de Jay no meio do que seria a Terra-1?


The Flash termina com mais perguntas do que respostas, mas uma coisa é certa; as respostas obtidas na temporada são mais do que satisfatórias para um término emocionante. E o que não pode parar é: RUN BARRY RUN!!!
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