Contém Spoilers
A maior audiência da CW teve seu final de primeira
temporada deixando saudades e emocionando seus expectadores. Para uma série que
poucos davam a devida credibilidade no início, The Flash se provou mais do que
merecedora de sua linha temporal.
O velocista escarlate vivido pelo ator Grant Austin
desempenhou o papel muito bem, defendeu o senso de justiça de Barry Allen até o
final. Surpreendendo em diversas cenas, que foi merecedor do papel. Na trama
Barry é um cientista de medicina forense, que trabalha para polícia de Central
City. Após a explosão do acelerador de partículas, evento que ocasiona tudo e
move o destino da temporada, ele se torna o Flash. A desenvoltura através da
S.T.A.R labs é o grande cenário para uma batalha épica entre espaço e tempo.
Aos amantes dos quadrinhos conhece muito bem a capacidade do velocista de
cruzar a barreira temporal. Sim estamos falando de viagem no tempo. Um conceito
que até a metade da temporada ainda era incerto, mas foi inserido de forma
impactante e comovente.
Agora a respeito do desenvolvimento dos personagens, os
atores simplesmente se divertem em cena. Principalmente Tom Cavanagh, que vive
Dr Wells, o mentor do herói e de outros personagens e o vilão da temporada. A
natureza vilanesca do plano de seu personagem (uma figura paterna para Barry),
logo superada por mais um momento tocante envolvendo Joe West (o “pai” que o
protagonista teve após a morte de Norah). Que, por consequência é suplantado
pela participação sempre pontual de John Wesley Shipp. Diante
de todo esse caos que está a série, entre criações de novas linhas do tempo,
mudanças que podem tirar personagens da trama principal e um vilão manipulando
a vida de Barry, temos diversas referências que são diretamente ligadas a HQ ou
o mundo da cultura pop. Como não se
sentir imerso na história sabendo que temos Cisco um personagem nerd que tem o
olhar de todo e qualquer fã de super-heróis em tela quando ele nomeia os vilões
e heróis e diz frases como: “Até logo e obrigado pelos peixes” ou “May the
force of speed be with you”, entre outras. Como não torcer para Caitlin
reencontrar com seu noivo novamente, não há como não sentir cada abraço, cada
sorriso desferido pelos personagens ao final de uma temporada estupendamente
construída. Com um senso de urgência a se ater aos detalhes que virão a seguir,
de fato pensando além da adaptação, com um herói mais humano.
A série conquistou seu espaço com cenas primordiais que
salvaram muitas das vezes a temporada, de algo que já estava bem desenvolvido,
para algo ainda melhor. Como o romance entre Eddie e Iris, que acaba
funcionando, graças a um ótimo diálogo do policial com o Dr. Stein, vivido por
um Victor Garber, que está mais à vontade no papel de cientista. Não há como
negar: o roteiro deste final de temporada é um dos melhores já filmados no
Universo Televisivo da DC no CW, e talvez até entre as adaptações da editora em
outras ocasiões, seja na TV, como no cinema. A preocupação dos realizadores em
deixar claro o tema do heroísmo, e como isso reflete diretamente as escolhas
feitas pelos personagens, gera uma plot, tematicamente, impecável.
Os vilões são uma questão a parte, os menores, mas não
menos importantes como Capitão Frio (Wentworth Miller ator de Prison Break),
que aparece diversas vezes e não deixa a desejar. E de bônus a galeria dos
vilões começou a ser formada, portanto somos apresentados ao Onda Térmica e a
Patinadora Dourada. A julgar pelos eventos no fim dessa temporada podemos
esperar que o Mago do Tempo e Capitão Bumerangue retornem aos seus papéis para
aliança dos vilões. A série não apenas introduziu seus vilões, mas deixou bem
claro o destino deles nas próximas temporadas. O elenco também não deixou nada
a desejar com aparições especiais de Mark Hamill, reprisando seu papel como
vilão The Triskster da série clássica de Flash, e o próprio John Wesley que
antes era o Flash.
Além disso, a temporada nos presenteou com um pouco do
futuro de Barry enquanto ele corria para viajar no tempo. Uma delas foi o
famoso museu do Flash no futuro, também foi visto uma cena da próxima série de
heróis, Legends of Tomorrow, a própria Caitlin Snow como a Killer Frost, uma
versão do Barry na cadeia e o capacete de Jay Garrick. Para quem não sabe, Jay
é o Flash da Terra-2. Então, o que faria o capacete de Jay no meio do que seria
a Terra-1?
The Flash termina com mais perguntas do que respostas, mas
uma coisa é certa; as respostas obtidas na temporada são mais do que
satisfatórias para um término emocionante. E o que não pode parar é: RUN BARRY
RUN!!!
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