segunda-feira, 25 de maio de 2015

Crítica 3ª temporada Bates Motel

A 3ª temporada de Bates veio com uma esperança de renovação do seriado após uma trágica 2ª temporada. Apesar de certos altos e baixos, esses novos 10 episódios conseguem ser bons e intrigantes o suficiente para se tornarem os melhores da série até o momento. Resta saber se seguirá nesse caminho ou voltaremos a uma reprise da 2ª.
Começamos logo após os importantes eventos de descoberta. A personalidade de Norman sendo modificada de forma gradativa e a paixão platônica por sua mãe, Norma, cada vez aumentando mais. Porém, o que pode ser visto nessa temporada, é um pouco mais do meio que foi bem jogado nos 10 episódios que se procederam a esses. Dylan e seu pai, Caleb, têm sua grande importância, desenvolvimento afetivo e desenvolvimento de todas suas atividades ilegais. Além disso, temos também a força de Emma se tornando ponto primordial. O relacionamento com seu pai é mostrado de maneira mais forte e é possível perceber, após o fim, certos rumos interessantes a serem tomados. Alex Romero continua com a dinâmica parecida do fim da última temporada.
De pontos positivos, podemos começar destacando, mais uma vez, as grandes atuações. Max Thieriot (Dylan) ainda parece um pouco atrás, mas com uma grande melhora. Vera Farmiga (Norma), Freddie Highmore (Norman) e Olivia Cooke (Emma) ainda aparecerem roubando a cena de maneiras extraordinárias. Indicações a premiações não podem ser tratadas com nenhuma injustiça. Três cenas de discussões em todo esse 3º grupo de episódios podem demonstrar perfeitamente minha fala. Seguindo, com as sensacionais direções e fotografias, sempre muito bem realizadas em todo o seriado. O porém vem de que, nessa, parecem crescer e tomar uma bela importância para todo o meio narrativo. Me peguei em muitos momentos relembrando “The Americans”, uma excelente série que sempre usou como uma forma de enriquecer lindamente a narrativa.
Pelo lado negativo, Bates Motel repete erros comuns. Os dois principais vêm da trilha sonora e do ritmo. A primeira parece sempre um pouco deslocada, quase nunca tendo um papel de suma importância nas cenas. E para uma série de suspense, ela deveria ser, ao menos, de grande importância. A segunda é um erro devidamente comum. Os episódios sempre tiveram um ritmo devidamente fraco. A edição, que sempre pareceu estranha, mas cumpre seu papel, colabora para isso. Alguns podem comentar que é esse o objetivo, ter o ritmo lento, mas quando em até seasons finales temos isso, é possível perceber uma falha nesse meio.
O fim desses 10 episódios levou a muitas dúvidas e incertezas da maneira que os roteiristas conseguirão levar o restante do seriado. É chegado a um ponto de certa proximidade com a obra original, Psicose, e a questão do tempo em que a série irá durar vêm a tona. Apesar disso, tivemos um grande desfecho, que foi o mais surpreendente e tenso de todas as três temporadas.
A terceira temporada de Bates Motel veio como uma luva e de grande ajuda para a melhora desse show. Com acertos frequentes e erros de outras temporadas, essa parece não falhar absurdamente. Apesar disso, a muito a se melhorar em tudo.  Os melhores 10 episódios do seriado até aqui, mas não os melhores de todos os tempos, nem dos últimos anos.

Nota: 8,4/10
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