terça-feira, 19 de maio de 2015

Crítica The Last Man on Earth

Uma das series que foi citadas pela equipe no podcast de séries mais aguardadas de 2015 (link do cast) parecia ter um objetivo claro: mostrar a vida de Phil Miller(Will Forte) sozinho na terra após algum evento que seria explicado. Essa ideia inicial começa até de uma maneira interessante, mas se perde completamente no decorrer dos 13 episódios.
 “The Last man on earth” conta a trajetória de Phil, o ultimo homem que sobrou em todo o planeta terra, e demonstra como ele passa todos os seus dias e os costumes adiquiridos. Essa premissa básica é quebrada logo após o fim do primeiro episódio com a aparição de Carol (Kristen Schaal), na qual parece um total contraste com o protagonista do seriado.
Os pontos positivos do seriado parecem se denegrir com o decorrer dos episódios. A começar pelas atuações: Will começa muito bem no personagens, mas parece que sua interação e expressões vão se tornando cada vez mais bizarras e totalmente desnecessárias. Além disso, o personagem se torna cada vez mais chato e irritante com o passar da linha narrativa. Já Kristen se mantém bem durante toda a temporada, mas sem passar disso também. Outras aparições de personagens também são feitas (não quero falar muito para não dar spoilers), mas todas que começam regulares e se tornam caricatas; seguindo pelo roteiro, que se inicia de uma premissa interessante, mas no final nem o nome da série tem mais sentido; Por último, os episódios. Eu não considero que o seriado não teve nenhum excelente episódio. Alguns são bons, outros nem tanto, outros péssimos. Faz o tempo passar, mas se limitam muito a isso.
Duas coisas que se mantém bem realizadas desde o início são a direção e a fotografia. A primeira, feita por Phil Lord e Christopher Miller (diretores de Anjos da Lei 1 e 2), é feita de uma maneira inteligente e razoável com o decorrer da narrativa. O timing cômico dos diretores é muito bom, mas o roteiro consegue estragar a maioria das cenas. A segunda, que possui sempre tons pastéis, consegue reforçar bem a condição passada pelas personagens. Sempre se mostrando bem clara e dando uma excelente ilusão de esquecimento.
A comédia da série não é muita, mesmo sendo uma série de comédia. Ela faz alguns risos de canto de boca e algumas vezes maiores, mas se limitam muito a isso. O drama que se forma a cada passagem de episódio funciona extremamente melhor do que toda a graça, que pouco acontece. Além disso, a utilização de certas piadas machistas e forçadas, não levam a graça pra frente.
 O final dos 13 episódios é, de certa forma, bem esperado pelo desenrolar. Ele tenta usar uma conotação de algo totalmente inesperado, mas que não o é. Além disso, todo o final deixa muito mais dúvidas do que respostas. Tem também a questão do sentido do nome do seriado, que parece se tornar esquecido conforme passam os episódios.
A primeira temporada de “The Last man on earth” acerta em alguns pontos, mas erra em sua maioria. Tenta começar como uma série engraçada, mas se torna devidamente enfadonha e desnecessária.Não indico a ninguém.


Nota: 4,5
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