quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Crítica: A Entrevista

Por UltraBoy: https://twitter.com/Raphixxx



Vou ser sincero, quando meus amigos me convidaram para assistir ‘A entrevista’ não achava que me divertiria tanto, mas acabei tendo uma deliciosa surpresa e alguns minutos de boas risadas. A mais nova comédia de Seth Rogen nos traz um tema polêmico, o que para muitos soou com uma badalada desrespeitosa no meio midiático, no que diz respeito a tratar diretamente com a Coréia do Norte. Dentre as muitas comédias que já produziu e atuou Seth Rogen certamente percebeu o quão desafiador fazer esta dar certo seria. Mas, ainda assim a fez.
Ao lado de James Franco, Rogen procura pela entrevista capaz de levar seu programa a audiência perfeita. As piadas com genitálias são o ponto forte do longa, que não perde nenhuma chance de dar ao público uma boa dose de diálogos nerds e cenas com teor sexual. A condução do filme é “desastrosa”, no fato de que a cada nova cena os protagonistas caminharem rumo ao desastre. Logo nos primeiros minutos seus olhos o farão grudar na tela pela presença de algumas celebridades marcando presença no filme. Como o rapper Eminem.
A chance de um furo que poderá trazer uma audiência esplendorosa cai nas mãos de Rogen, quando recebe um telefonema da Coréia do Norte, onde exige sua presença e principalmente a de Dave (O apresentador), no qual Kim Jong-un é um enorme fã de suas entrevistas. No entanto, tomando conhecimento disso o governo americano força os dois a aproveitar a oportunidade para liquidar o líder norte coreano. Então dá-se início a aventura, onde dois jornalistas vão até a Coréia do Norte para matar o líder local.
O enredo transcorre através das surpresas e das descobertas feitas pela dupla em solo até então desconhecido pelos americanos e pelo resto do mundo. O que lembra em alguns aspectos “Top Secret”, uma comédia cult de 1984 com o trio David Zucker, Jim Abrahams e Jerry Zucker, em que o roqueiro vivido por Val Kilmer peregrina até a Alemanha Oriental. Se as intermináveis piadas com genitálias não são atrativo suficiente tente a cena em que o filme de Rogen sugere que o ditador seria visto por seus conterrâneos como um Deus que “não tem ânus porque não precisa”.
‘A entrevista’ é tão encharcado de um etnocentrismo ao ponto de sua estupidez ter um nível de divertimento ideal. Com um atrevimento, que somente o americano sabe fazer em pôr o destino do país nas mãos de dois patetas, mas hilário mesmo é o fato de Kim Jong-un adorar Katy Perry - Firework e beber margarita por achar que vão tachá-lo de gay.  

Um humor, que não dispenso é o humor nerd, e quando ele vem recheado por um tema político em que eu possa me deliciar pelos flertes no estilo ‘bromance’ é ainda mais bem vindo. Ou seja, que venham mais comédias de Seth Rogen sobre perdedores, azarados e adoravelmente estúpidos.



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