“Bem vindo de volta” é a frase que Frank Underwood diz e que
mais sintetiza a segunda temporada dessa série espetacular. Uma temporada que
tem um primeiro episódio digna de todas as premiações possíveis, não vem de
brincadeira. Uma “pena” ter como adversário o impecável episodio Ozymandias de
Breaking Bad pela frente, possivelmente o melhor episódio já feito para uma
série de TV.
A volta a Washington
começa bem de onde houve o fim da primeira temporada. A corrida dos Underwood
já faz o telespectador abrir um sorriso, pois sabe que muitas coisas ainda
virão. A série continua num nível de roteiro brilhante. Cenas um pouco mais
arriscadas na sua direção também poderão ser vistas e que elevam ainda mais o
nível da direção, já muito elogiada em seus 13 primeiros episódios. As atuações
parecem que atingem patamares ainda maiores. Kevin Spacey tem cenas tão geniais
e memoráveis que me fizeram aplaudir de pé em alguns momentos. Robin Wright
parece que se sente ainda mais a vontade como Claire e com o aumento da
participação da atriz nos faz descobrir mais segredos da personagem. As adições
de personagens secundários também colaboram muito para o andamento do enredo e
conhecimento de estratégias dos protagonistas.
Nessa segunda temporada
é possível haver ainda mais relações de admiração e ódio por Frank, ainda mais
depois do desenrolar dos acontecimentos do fim da primeira temporada. Com os
demais personagens também sentimos o mesmo, mas com o protagonista do seriado a
situação se torna ainda maior.
Os erros desses
outros 13 episódios são bem parecidos. A trilha sonora, apesar de um pouco
melhor, continua bem apagada e essa poderia ser de total importância em alguns
momentos chaves. A fotografia continua com sua irregularidade que chega até em
certos momentos tirar o clima das cenas. Mas, o ponto adicional a falhas dessa
temporada vai para quantidade excessiva de subtramas que em certos momentos
atrapalha na percepção da série. O grande problema também nesse meio são que
essas subtramas são comandadas por atores, em certos momentos, não tão bons ao
nível dos dois personagens principais, o que tira até um pouco do interesse
nessas situações.
No mais, House of
Cards tem uma segunda temporada que mantém magistralmente o nível da primeira e
tem em seus 1º e 13º episódios não só os melhores da temporada, como os
melhores do seriado, até agora. O grande finale faz o telespectador estar tão
envolvido que esse aplaude a cena naturalmente.
Com isso, percebe-se que com muitos mais acertos do que
erros, House of Cards se mantém como uma das melhores séries da atualidade e
devia ser extremamente bem observada para os apreciadores dos seriados de
televisão.
Nota: 9,2/10
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