domingo, 18 de janeiro de 2015

Crítica 2ª temporada de House of Cards

“Bem vindo de volta” é a frase que Frank Underwood diz e que mais sintetiza a segunda temporada dessa série espetacular. Uma temporada que tem um primeiro episódio digna de todas as premiações possíveis, não vem de brincadeira. Uma “pena” ter como adversário o impecável episodio Ozymandias de Breaking Bad pela frente, possivelmente o melhor episódio já feito para uma série de TV.
 A volta a Washington começa bem de onde houve o fim da primeira temporada. A corrida dos Underwood já faz o telespectador abrir um sorriso, pois sabe que muitas coisas ainda virão. A série continua num nível de roteiro brilhante. Cenas um pouco mais arriscadas na sua direção também poderão ser vistas e que elevam ainda mais o nível da direção, já muito elogiada em seus 13 primeiros episódios. As atuações parecem que atingem patamares ainda maiores. Kevin Spacey tem cenas tão geniais e memoráveis que me fizeram aplaudir de pé em alguns momentos. Robin Wright parece que se sente ainda mais a vontade como Claire e com o aumento da participação da atriz nos faz descobrir mais segredos da personagem. As adições de personagens secundários também colaboram muito para o andamento do enredo e conhecimento de estratégias dos protagonistas.
 Nessa segunda temporada é possível haver ainda mais relações de admiração e ódio por Frank, ainda mais depois do desenrolar dos acontecimentos do fim da primeira temporada. Com os demais personagens também sentimos o mesmo, mas com o protagonista do seriado a situação se torna ainda maior.
 Os erros desses outros 13 episódios são bem parecidos. A trilha sonora, apesar de um pouco melhor, continua bem apagada e essa poderia ser de total importância em alguns momentos chaves. A fotografia continua com sua irregularidade que chega até em certos momentos tirar o clima das cenas. Mas, o ponto adicional a falhas dessa temporada vai para quantidade excessiva de subtramas que em certos momentos atrapalha na percepção da série. O grande problema também nesse meio são que essas subtramas são comandadas por atores, em certos momentos, não tão bons ao nível dos dois personagens principais, o que tira até um pouco do interesse nessas situações.
 No mais, House of Cards tem uma segunda temporada que mantém magistralmente o nível da primeira e tem em seus 1º e 13º episódios não só os melhores da temporada, como os melhores do seriado, até agora. O grande finale faz o telespectador estar tão envolvido que esse aplaude a cena naturalmente.
Com isso, percebe-se que com muitos mais acertos do que erros, House of Cards se mantém como uma das melhores séries da atualidade e devia ser extremamente bem observada para os apreciadores dos seriados de televisão.

Nota: 9,2/10


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