Desde que o Netlfix tem investido em seriados, muita coisa boa vêm aparecendo e com House of Cards não é nada diferente. Talvez o estopim dessa leva do Netflix, a série conta a história do deputado Frank Underwood, interpretado por nada menos que Kevin Spacey, em suas tramanhas em busca de maior prestígio e poder nos Estados Unidos.
A série tem muitos
pontos positivos. A começar pelo roteiro que, maravilhosamente, conduz o
espectador pelas intrigas e alianças do congresso até os trabalhos
investigativos de jornalistas e alianças com deputados em busca de notícias. O
que torna mais interessante nesse fato é que sempre fica possível realizar
paralelos com a política brasileira. Com diálogos inteligentíssimos e o recurso
da quebra da barreira com o telespectador utilizado em situações perfeitas, a
história nos leva de uma maneira bem cativante. Além disso, o desenvolvimento
de todos os personagens é algo que deixa qualquer cinéfilo de olhos brilhando.
Outro ponto extremamente positivo e a ser relevado são as atuações que,
principalmente de Kevin Spacey e Robin Wright(na qual interpreta Claire Underwood),
fazem a trama ficar bem mais interessante de se assistir. Não é a toa que os
dois acima citados já foram indicados duas vezes ao Emmy e três vezes ao Globo
de Ouro, com vitórias para Robin, já que Kevin tinha um certo Bryan Craston no
caminho. As reviravoltas constantes são parte fundamental da trama que ainda
torna a experiência um pouco melhor.
Um fator extremamente
relevante e magnífico do seriado também é sua direção. Esse papel que foi
comandado por David Fincher(série produzida por esse também) nos primeiros dois
episódios e que seu estilo, de uma forma até surpreendente, dita o ritmo dos
diretores dos próximos capítulos. Outro fator que complementa ainda mais a
excelente narrativa é a regularidade dos episódios, que se alternam entre muito
bons e excelentes.
Mas, não é só de
elogios que vivem as produções audiovisuais e com House of Cards não é
diferente. Um fator que pouco acrescenta a história é a trilha sonora, que se
mostra bem mediana e nada que possa aumentar a tensão em alguns momentos e
tornar o clima um pouco melhor. Outro fator a ser dito com crítica é a
fotografia que se mostra irregular demais. Utilizada bem em alguns momentos,
mas encaixa estranhamente em outros, essa se mostra não tão constante ou
aproveitada para essa primeira temporada.
Assim, é possível ver
que House of Cards se mostra como uma das melhores produções em série da
atualidade. Com alguns episódios que te deixam cair o queixo, como o season
finale, até episódios que parecem não tão bons assim, como o segundo episódio,
mas que adicionam papéis fundamentais à trama, o seriado mesmo com seus erros,
deve ser visto, comentado, analisado e aclamado, não só pela critica, mas pelo
público no geral, ao ver o nível que chegamos com a produção para a TV.
Nota: 9,4/10
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