quinta-feira, 9 de julho de 2015

Crítica Sense8

Que o Netflix vem cada vez mais inovando e transformando a vida de todos os cinéfilos e fãs de séries melhores não é nenhuma dúvida. Além disso, o canal de streaming faz questão de vir com ideias cada vez mais inovadoras, diferentes e extremamente geniais. Assim, adicione os irmãos Wachowski nesse meio e temos a mais nova série da empresa: Sense8.
Sense8 conta a história de um grupo de 8 pessoas ao redor do mundo que de repente começam a ter conexões mentais e físicas e assim vão ajudando e conhecendo uns aos outros procurando sobreviver. Os protagonistas são: Capheus (Aml Ameen), Sun (Doona Bae), Nomi (Jamie Clayton), Kala (Tina Desai), Riley (Tuppence Middleton), Wolfgang (Max Riemelt), Lito (Miguel Ángel) e Will (Brian J. Smith). É difícil contar a história de cada personagem sem se prolongar e acabar soltando certos spoilers, que serão melhores de descobrir quando assistir. Assim, ficarei apenas nas conexões entre as personagens quando comentar.
Os lados positivos dos 13 episódios são, primeiramente, o roteiro genial dos irmãos Wachowski. A dupla conseguiu dar sua tão esperada volta por cima e criação de uma ideia digna dos próprios. O roteiro consegue ganhar o telespectador rapidamente e te faz se tornar cativado por todos os personagens. Claro que acabamos gostando sempre mais de um, mas todos têm sua devida importância e afeto do público. As atuações são extremamente bem feitas também. Todos os atores se encaixam perfeitamente em seus papéis, além de realizarem performances extremamente convincentes.  Além disso, a divisão do tempo de cada um dos protagonistas é algo digno de aplausos. Os 8 possuem um grande momento, seu desenvolvimento bem realizado e arcos completos. Para adicionar, a direção de cada um dos episódios é fantástica. Por último, deve-se falar da genial trilha sonora, que compõe e complementa perfeitamente sempre. Destaque especial para o episódio 4.
Negativamente, o seriado pouco produz. Colocaria a fotografia, que algumas vezes parece atrapalhar um pouco o objetivo de desenvolvimento de algumas poucas cenas. Além disso, colocaria o último episódio junto. Não que eu não tenha gostado ou não achado épico demais (gritei loucamente), mas achei que poderia ter o envolvimento da história de todos os personagens junta. Explico melhor, alguns já tinham acabado seu arco narrativo e aparecem no final meramente como algo adicional, mas poderiam ter impactado sua narrativa junto com a geral.
Sobre a finalização da temporada, já foi confirmada uma segunda, ela é extremamente convincente, com total sentido, extremamente surpreendente e emocionante. A cena final é fantástica e gera uma satisfação muito forte no espectador por ter acompanhado toda a genial história até ali.
A primeira temporada de Sense8 é quase perfeita. Traz de volta o espírito Matrix dos irmãos Wachowski. Possui um excelente roteiro, interpretações espetaculares, uma direção genial e uma bela trilha sonora. Mesmo com alguns poucos erros, a série se sobressai demais de qualquer coisa que pode se ver na TV nos dias de hoje. O Netflix parece estar querendo acabar com a vida das pessoas de tanta coisa boa pra ver.

Nota: 9,5/10
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