domingo, 19 de julho de 2015

Crítica Azul é a cor mais quente

Assistir filmes que tratam sobre o amor de uma maneira tão bonita e tocante, quanto em Azul é a cor mais quente, são difíceis. Então, quando uma obra assim aparece, ela deve ser apreciada. O longa conta a estória de Adèle (Adèle Exarchopoulos), uma adolescente de 15 anos que descobre o amor de sua vida em Emma (Léa Seydoux).
 A película tem muitos pontos positivos. Começando pela atuação maravilhosa das duas protagonistas, com um destaque tremendo pra Adèle. Uma pena o filme ter sido lançado depois da data máxima de envio para o Oscar 2014. Continuando pela interessantíssima direção de Abdellatif Kechiche. Ele busca sempre por uma câmera muito intimista, com sempre closes nos rostos dos personagens, e com muitos cortes laterais. O roteiro também é extremamente bem trabalhado, com diálogos maravilhosos e conduzindo a linha narrativa perfeitamente.
 Nos aspectos técnicos, o filme também se destaca. A fotografia, muito bonita, colabora demais no andamento da trama. Um aspecto interessante dessa é a presença nas 3 horas do longa de aspectos azuis, seja na cor da roupa, no cabelo de Emma, em uma loja, etc. A trilha sonora é pouco presente, mas, quando aparece, desperta uma certa compaixão no momento para com o espectador.
Os pontos negativos são dois. Primeiramente, com a extensa duração e com certa grande quantidade de cenas não necessárias para contar a estória ou extensas demais. Em segundo lugar, com o fraco desenvolvimento de certos personagens secundários. Mesmo esses não segundo tão importantes para o andamento da trama, senti uma certa falta de um mínimo desenvolvimentos para eles.
A película teve grande repercussão pela grande duração das cenas de sexo. Houve uma grande polêmica e comentários de toda a parte sobre elas. Essas cenas tem uma função narrativa importante para o desenvolvimento do carinho e amor entre as duas protagonistas, mas creio que elas acabam tendo um pouco mais de tempo que realmente deveriam. Uma cena de 9 minutos acabou estendendo demais.
Azul é a cor mais quente é um dos filmes mais belos dos últimos anos. Com uma carga emocional e dramática bem grande e atuações brilhantes, mas com alguns pequenos problemas, o longa demonstra por que recebeu uma repercussão positiva e mostra muito claramente o motivo de ter ganho a Palma de ouro em Cannes, em 2013.

Nota: 9/10
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