Vamos ao anime de nome gigante? Pois é Dungeon para
encurtar a primeira vista não parece trazer nada de novo ou mesmo um grande
carga enfática sob um personagem para se acompanhar. Mas é onde exatamente nos
enganamos ao imaginarmos que o anime permaneceria da mesma forma após seus
primeiros capítulos.
O nome da obra seria: quais seriam as chances de se
apaixonar numa Dungeon? Um sinônimo para aventura. Onde o inocente aventureiro
de bom coração Cranel Bell vai começar sua jornada. Para descobrir seus
limites, testar sua coragem e saber se tem capacidade de se tornar tudo que
sempre sonhou, um herói. O encontro consagrado com a pequena Deusa solitária
Hestia é o que lhe dá esperança para continuar se esforçando em lutar contra
seus medos.
A trama no estilo de RPG como está em alta, Dungeon é um
shounen genérico de ação, aventura, comédia e romance. Não tem como negar que
ao acompanhar os treze episódios percebe-se um boost na história em sua metade em diante. Pontos de vistas
tornam-se mais evidentes, não somente o crescimento do protagonista intriga,
como a entrada de personagens que antes só observavam, agora passam a atuar na
linha de frente. Desse ponto em diante pode-se dizer que a light novel de
Fujino Omori, tem sido bem adaptada.
Para dirigir o anime temos Yamakawa Yoshiki, que já dirigiu
animes como Hatsukoi Limited, Hells, Kill Me Baby, Little Busters! series, etc.
E quem está a cargo nos roteiros é Shirane Hideki, que tem passagem por animes,
como Date A Live, Hayate no Gotoku!!, Hidan no Aria e Isekai no Seikishi
Monogatari,. Nomes que serviram bem para adaptação da comédia romântica em
Dungeon. Por outro lado o diretor Yoshiki não possui experiência alguma com
cenas de batalha e lutas, o que acabou tendo algumas dificuldades no início,
mas demonstrou ser capaz de carregar o peso que todo shounen precisa. O character
design ficou tão fiel a obra original, que chega a ser charmoso.
A canção de abertura não chega a ser tão enfática, mas
descreve bem a imagem que o anime procura passar. A música Hey World destoada
pela cantora Iguchi Yuka passa companheirismo e leveza no seu som. E no
encerramento RIGHT LIGHT RISE pela experiente Kanon Wakeshima, que em conjunto
com a animação prolonga a fofura do anime, com sua canção que nos remete ao
encerramento de shounens mais antigos. Em formato e estética ponto para um
encerramento digno de fim de uma Dungeon.
Agora para compor o time de dubladores o destaque vai para
o trio protagonístico, com o jovem Bell sendo dublado pelo genial Matsuoka
Yoshitsugu (Sora em No Game No Life e Kirito em SAO), com Hestia tendo a voz da
novata, que surpreende Minase Inori (Eddelrittuo de Aldnoah.Zero; Suzune de
Love Lab; Noel de Sora no Method) e com a Ais dublada pela ótima e a mais
novata seiyuu Oonishi Saori (Jamie de Argevollen; Eriri de Saenai; Fianna de
Seirei Tsukai no Blade Dance; Hisako de Souma). Quanto ao estúdio, o
responsável é a J.C. Staff (Yumekui Merry, To Aru Majutsu no Index, Toradora!)
o que infelizmente não é das melhores opções quando se trata de cenas de ação.
Ou seja, não é o melhor nome para um shounen. O que graças ao traço não ficou
tão ruim assim, foi capaz de manter uma certa estabilidade e poucas vezes
destratou a narrativa.
De modo geral Dungeon tem muito a oferecer ainda, e pouco
foi contado nesse primeiro arco. O lado bom do anime é que não tem pressa para
fortalecer seus laços. É despretensioso para um shounen, mas que tem capacidade
de se elevar se souber promover seus personagens ainda mais como tem feito até
o momento. O vasto universo sugerido na novel tem boas intenções e zela pela
paciência daqueles que assistem, teve um dos maiores altos e baixos da
temporada, porém finalizou seu arco da mesma maneira que começou, pensando no
futuro.
Nota: 7.2
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