A direção de Joss Whedon se sobressai. Com alguns planos
longos e, logo na primeira cena, um plano-sequência, ele demonstra sua
habilidade cinematográfica. Além disso, uma ação muito bem centralizada e sem a
necessidade da câmera tremida, o que torna tudo mais tranquilo e fácil de
entender. O roteiro, do mesmo, segue uma linha bem básica. Comédia, drama, tentativas
de frases de efeito e etc. Tudo que você já viu em roteiros de outros filmes da
Marvel, não será muito diferente.
Algo interessante para destaque é a interação do elenco.
Todos estão excelentes e já bem feitos em seus papéis e a interação entre os
personagens é extremamente perfeita. Muito melhor do que no primeiro longa. Temos
também um interessante desenvolvimento de dois personagens que não terão filmes
própios: Gavião Arqueiro e Viúva Negra. Esses que tem certas coisas do passado
reveladas e criam uma desconfiança para o que pode vir deles. Falando também do
elenco, deve-se ter um espaço especial para os três novos personagens, além do
vilão Ultron. Sobre os três, Wanda e Visão são os que mais se destacam. A
primeira, interpretada por Elizabeth Olsen, é o grande nome do filme e
extremamente bem trabalha. Já o segundo, quando aparece, sempre rouba a cena.
Sobre o terceiro, Pietro pouco chama atenção, mas tem algumas boas cenas. O
grande antagonista desse filme, Ultron, é um bom personagem. Tem uma motivação
mais interessante e crível do que Loki, por exemplo. Mas ele ainda deixou um
pouco a desejar.
Pelo lado negativo, o estúdio se repete em erros. O longa
todo muito repetitivo em cenas de ação, buscando o humor a quase todo instante,
um pouco longo demais, diálogos expositivos, tudo que a Marvel quase sempre
repete e não deixa de ser diferente nesse.
A trilha sonora de Danny Elfman é muito boa. Leva todo o
clima épico e de ação que Avengers tem. Mas admito que mesmo não gostando tanto
do primeiro, a trilha de Alan Silvestri é definitivamente muito superior.
Nesse, ele é até bem esquecível. Continuando nos aspectos técnicos, a
fotografia apenas cumpre sua função bem básica e não adiciona muito na linha
narrativa.
Sobre as ligações com os futuros filmes, pouca coisa é
trabalhada. O fim é citado a todo instante e parece ser algo eminente, mas
quando será que ele virá? Na guerra civil? Na guerra infinita? Só saberemos no
futuro. Falando sobre a Guerra Civil, essa que começa a aparecer com certos
indícios interessantes, mas parece que some de uma forma meio estranha.
Vingadores – A era de Ultron está longe de ser o melhor
filme do ano. Mesmo assim, é um bom filme, extremamente divertido e empolgante,
muito fácil de ver. A Marvel repete seus erros, mas continua sua fórmula, que,
ao menos, gera dinheiro e sucesso. Bem melhor que o primeiro, mas longe de ser
o melhor longa da empresa.
Nota: 8,4
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