A
estreia dessa semana nos cinemas brasileiros e mundiais, foi a adaptação de um
dos livros mais polêmicos dos últimos anos. Vindo de uma fanfic da série
“Crepúsculo”, 50 tons de Cinza narra à estória de Anastasia Steele (Dakota
Johnson), uma estudante de literatura inglesa de 21 anos. Certo dia, ela
realiza uma entrevista para o jornal da faculdade com o jovem magnata Christian
Grey (Jamie Dornan). Depois disso, nasce uma relação amorosa e sexual entre as
duas personagens, com prazeres sadomasoquistas.
Os pontos positivos de todo o longa são bem
poucos. Começando com a atriz Dakota Johnson, que tenta realizar o máximo de
dramaticidade e juventude, que o papel exige, mas, extremamente mal dirigida,
ela não consegue se sobressair. Continuando com a trilha sonora, que é bem
interessante, conseguindo se encaixar relativamente bem com as cenas. Por
último, a fotografia do filme, que não é vislumbrante, faz um papel
interessante na linha narrativa, conseguindo dar uma continuidade boa à trama.
Os pontos negativos começam o terrível
roteiro. Mal escrito, realizado e com diálogos deveras horríveis. A vontade do
espectador em muitos momentos é rir pelas linhas de diálogo absurdas. Em
segundo lugar, a péssima direção. A película foi dirigida por Sam
Taylor-Johnson (diretora do maravilhoso O garoto de Liverpool), que parecia não
entender que linha pretendia seguir. Ora alternando pontos de vista, ora com
uma câmera estranha, a diretora parecia não saber o que queria com toda a estória.
Mais um ponto extremamente negativo é a edição. Muito mal feita e deixando um
filme de duas horas parecendo durar de três a quatro. Por último, o horroroso desempenho
de Jamie Dornan como Christian Grey. É terrível ver a quase nenhuma mudança no
rosto do artista e a interação quase nula com a cena.
A grande polêmica em torno dos livros e do
filme seriam as cenas de sexo, que só demonstraram o quanto o filme é ruim.
Essas cenas são extremamente mal dirigidas e quando tentam buscar um
desconforto no espectador, faz esses mesmo rirem pelo ridiculo. Além disso,
essas cenas são bem rápidas e acontecem até em bem poucos momentos dos 125
minutos de longa.
O final do filme deixa em aberto tudo que pode
acontecer dali pra frente. Com o sucesso repentino, devemos esperar
continuações dessas horripilantes obras, infelizmente.
Cinquenta tons de cinza é uma das piores
películas dos últimos anos. Conseguindo se salvar em pouquíssimos pontos, mas
sendo extremamente ruim no resto, essa estória demonstra o quanto ainda se podem
criar obras extremamente ruins. Ao final do longa, o alívio virá ao espectador
e a vontade de rever 30 vezes “O poderoso chefão” para voltar a gostar do
cinema.
Nota: 1,8/10
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