domingo, 15 de fevereiro de 2015

Crítica 50 tons de Cinza

A estreia dessa semana nos cinemas brasileiros e mundiais, foi a adaptação de um dos livros mais polêmicos dos últimos anos. Vindo de uma fanfic da série “Crepúsculo”, 50 tons de Cinza narra à estória de Anastasia Steele (Dakota Johnson), uma estudante de literatura inglesa de 21 anos. Certo dia, ela realiza uma entrevista para o jornal da faculdade com o jovem magnata Christian Grey (Jamie Dornan). Depois disso, nasce uma relação amorosa e sexual entre as duas personagens, com prazeres sadomasoquistas.
 Os pontos positivos de todo o longa são bem poucos. Começando com a atriz Dakota Johnson, que tenta realizar o máximo de dramaticidade e juventude, que o papel exige, mas, extremamente mal dirigida, ela não consegue se sobressair. Continuando com a trilha sonora, que é bem interessante, conseguindo se encaixar relativamente bem com as cenas. Por último, a fotografia do filme, que não é vislumbrante, faz um papel interessante na linha narrativa, conseguindo dar uma continuidade boa à trama.
 Os pontos negativos começam o terrível roteiro. Mal escrito, realizado e com diálogos deveras horríveis. A vontade do espectador em muitos momentos é rir pelas linhas de diálogo absurdas. Em segundo lugar, a péssima direção. A película foi dirigida por Sam Taylor-Johnson (diretora do maravilhoso O garoto de Liverpool), que parecia não entender que linha pretendia seguir. Ora alternando pontos de vista, ora com uma câmera estranha, a diretora parecia não saber o que queria com toda a estória. Mais um ponto extremamente negativo é a edição. Muito mal feita e deixando um filme de duas horas parecendo durar de três a quatro. Por último, o horroroso desempenho de Jamie Dornan como Christian Grey. É terrível ver a quase nenhuma mudança no rosto do artista e a interação quase nula com a cena.
 A grande polêmica em torno dos livros e do filme seriam as cenas de sexo, que só demonstraram o quanto o filme é ruim. Essas cenas são extremamente mal dirigidas e quando tentam buscar um desconforto no espectador, faz esses mesmo rirem pelo ridiculo. Além disso, essas cenas são bem rápidas e acontecem até em bem poucos momentos dos 125 minutos de longa.
 O final do filme deixa em aberto tudo que pode acontecer dali pra frente. Com o sucesso repentino, devemos esperar continuações dessas horripilantes obras, infelizmente.
 Cinquenta tons de cinza é uma das piores películas dos últimos anos. Conseguindo se salvar em pouquíssimos pontos, mas sendo extremamente ruim no resto, essa estória demonstra o quanto ainda se podem criar obras extremamente ruins. Ao final do longa, o alívio virá ao espectador e a vontade de rever 30 vezes “O poderoso chefão” para voltar a gostar do cinema.


Nota: 1,8/10

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