segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Critica Apenas uma chance

Por Ilúvatar: https://twitter.com/ClaudiogabrielJ


Quando se trata de ópera o preconceito com esse gênero da música sempre aparece na frente, e nessa história de Paul Potts(vencedor do Britain´s got talent) e como esse grande talento chegou ao seu estrelato.
 Bem, a história retrata a vida de Paul. Seu amor pela música, que começou desde jovem, e a busca pelo sonho de cantar.A falta de apoio dos pais, até os mesmo o apoiarem totalmente. E o encontro com a grande paixão de sua vida.
 O filme começa com seus méritos na direção consistente de David Frankel(O diabo veste Prada), que não arrisca, mas não erra. As atuações de James Corden (Paul) e Alexandra Roach (Julz), os dois principalmente, tem uma atuação regular, que ajuda no desenrolar do filme, mas o melhor personagem é Braddon, melhor amigo de Paul, que é interpretado por Mackenzie Crook e sempre leva as partes mais engraçadas junto.  A trilha sonora também ajuda na composição total do longa. O grande ápice do filme é bem interessante também, intercalando partes reais e não reais no Britain’s got talent. Outro ponto interessante, é a forma da edição, que em alguns bons momentos contribui para um andamento interessante da trama.
 Os problemas começam com o roteiro, de Justin Zackham, que é total inconsistente e nos faz acreditar pouco em algumas situações. A principal é o romance do filme. Esse, que nos é apresentado do nada e leva a uma paixão absurda, sem ao menos entender o porquê. Outro exemplo são as mudanças constantes de personalidades dos personagens, sem motivos alguns.  Outro grande problema é a fotografia, que sempre mediana, atrapalha em algumas partes da trama. As falhas também podem ser vistas no ritmo, que é totalmente arrastado. Temos 103 minutos de filme, que parecem durar, ao menos, 130 minutos. Mas o maior erro dessa comédia é a sua própia comédia. Ela é totalmente mal encaixada e alterna de formas absurdas. Em um momento temos uma cena que se propõe a ser engraçada, mas falha terrivelmente e se mantém assim até aparecer outra cena bem pouco engraçada. A irregularidade das risadas é total. Os clichês contínuos de certas biografias e comédias vêm junto com tudo isso. Esses sucessivos erros, fazem a atenção do espectador cair bastante.
  O longa, na sua completitude, tem um primeiro ato relativamente organizado e até interessante de se acompanhar, mas a partir daí o desastre aparece como uma avalanche. Um segundo ato muito ruim e um terceiro que só se redime e “volta” a estaca inicial de regular nos seus últimos 15 minutos (e uma redenção bem fraca)
 No geral, “Apenas uma chance” não é filme ruim, mas está longe de ser bom. Um longa bem mediano que poderia ser algo bem maior e melhor. Uma direção mais arriscada e mais bem feita, atuações melhores trabalhadas e, o mais essencial, um roteiro bem mais regular, pois o que foi apresentado não chega nem próximo do carisma e da história de seu protagonista.

 Nota: 4,9/10
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