Por Ultra Boy: https://twitter.com/Raphixxx
Trazido a
China pelo pai que mal conhece, Marco Polo (Lorenzo Richelmy) possui um longo
caminho a percorrer em sua perigosa jornada pelo oriente. Os cenários
vislumbrantes e a fotografia são o que chamam atenção logo no primeiro momento
da série.
O circuito
Netflix voltou a investir em seus originais depois do sucesso de House of
Cards, Hemlock Grove e Orange is The New Black. Agora resolve explorar as
desventuras do mercador veneziano com fortes toques da vitoriosa série baseada
nos livros de George R.R. Martin, Game of Thrones. Os 10 episódios compilam
exatamente o que a proposta inicial procurou trazer, ou seja, como Marco Polo
deve aprender em sua estadia no palácio Kublai Khan (Benedict Wong). Neto do
ilustre Genghis Khan, que governava boa parte do continente asiático. Ele é
temido e extremamente respeitado, um verdadeiro manda chuva que representa o
lado dos mongóis, a quem Marco deve responder, após o abandono de seu pai.
O enredo tem
como prelúdio no século XIII, quando a China está dividida entre mongóis e
chineses. As disputas territoriais são ponto principal do seriado, que dialoga
bem com seus personagens no desenrolar da trama. O elenco conta com Chin Han
como chanceler do lado chinês que acaba de perder seu líder. Olívia Cheng como
sua irmã, onde acaba por abandonar seu posto na corte para uma missão
impossível.
Dentre o
destaque no elenco está Tom Wu, que interpreta o monge lutador de kung fu cego,
conhecido como “cem olhos”. Sejam nas cenas de batalhas bem produzidas ou mesmo
na cenografia de primeira quando nosso jovem italiano está a treinar com monge;
a série não perde seu foco. O clichê do clichê também faz parte da trama. É
assim com a explicação do que significou o império de Gengis Khan e seus
descendentes. E com as inúmeras cenas de mulheres nuas. Sem mencionar a trilha
épica envolvente, que nos torna ainda mais imersos na trama de 1273.
As
conspirações palacianas tomam um rumo interessante logo nos primeiros
capítulos, levando a crer que o roteiro está sob controle. De fato, Marco Polo
não é nenhuma super produção como a campeã de audiência, Game of Thrones, no
entanto, tem seus desdobramentos capazes a se comparar com os filmes japoneses
de Takeshi Kitano. Com uma certa dosagem na crueldade, esta primeira temporada
não propõe apenas sequências de lutas bem elaboradas, mas reviravoltas de se
fazer levantar do sofá para testemunhar o que acontecerá no episódio seguinte.
É com esse feeling que a temporada
primeira nos deixa ao final do décimo capítulo.
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