
“Corrente do
Mal” conta a estória da jovem May (Maika Monroe) que leva uma vida bem
tranquila, mas que muda tudo após um sexo com sua paquera. O garoto explica que
ele carregava em seu corpo uma força que o perseguia e podia ser passada apenas
pelo sexo. Enquanto ela pensa se passará para outra pessoa ou não, a jovem é
perseguida por um ser estranho que pode mudar sua forma e imagem e não vai
parar de persegui-la.
Os pontos
positivos são muitos. Começando com a ótima analogia que o filme trabalha. O
problema da DST, tão presente no cotidiano de jovens no mundo, é trabalhado de
uma forma extremamente inteligente e se torna bem claro que o ser representa
isso. Continuando com a ótima direção de David Robert Michell (seu primeiro
trabalho como diretor e roteirista). Ele cria alguns bons planos longos e
consegue de passar o medo de uma das melhores formas possíveis: mostrando a
reação das personagens. Além disso, a câmera girando em certas situações
conseguem criar uma tensão constante durante as cenas. Seguindo com a ótima
trilha sonora de Rich Vreeland. Ela passa todo o mistério e terror naquela
situação além de lembrar de uma forma muito bela alguns filmes do mesmo gênero
dos anos 80 (poucos acordes que não saem fácil da cabeça). A fotografia do
longa também merece ser destacada: com sempre tons mais escuros que ajudam a
melhorar na atmosfera da narrativa. Por último, o roteiro. Longe de ser
perfeito ou uma das melhores coisas, ele consegue cumprir bem seu papel. Possui
certas falhas, certos diálogos estranhos, mas não atrapalha no andamento da
estória.

O final é uma
das coisas mais aterrorizantes que pude ver nos últimos anos. Os últimos frames
de deixar qualquer um arrepiado e fazer o que toda da narrativa de terror
deveria fazer: não sair da sua cabeça o medo. A tensão constante vai ser uma
das coisas mais normais após assistir essa grande película independente.
Corrente do Mal
é um dos grandes filmes de terror dos últimos anos. Não se tornará um clássico
do meio, nem nada parecido, mas consegue manter um medo no telespectador que a
maioria dos longas não conseguem. É sempre bom após assistir uma obra
cinematográfica não parar de pensar sobre ela durante alguns dias e “Corrente
do Mal” faz isso de uma maneira aterrorizantemente boa.
Nota:
8,3/10
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