É impressionante o quanto a cada nova temporada House of
Cards se aproxima com a política que vivemos no mundo de hoje. Nesses 13 novos
episódios a história aumenta cada vez mais nisso. Desde paralelos até aparições
reais só demonstram que o nível da série chegou realmente a grandes níveis.

Os pontos positivos
começam com as atuações cada vez mais fantásticas e mais introspectivas,
comandadas por Kevin e Robin Wright (Claire Underwood). É impressionante o
quanto cada vez mais é possível entender os sentimentos dos personagens apenas
nas expressões faciais dos atores. Outro ponto extremamente positivo nessa
temporada é o roteiro. Com excelentes episódios, toda a narrativa consegue
caminhar pra cada vez mais caminhos inesperados deixando o telespectador sem
saber o que pode acontecer na próxima cena. Os episódios clímax também são
perfeitos. Destaques para o 6º e o 11º, um dos melhores episódios de séries da
história. Mais um ponto a ser falado na parte do roteiro é a maior relevância
para personagens mais secundários e até terciários. Esses, alguns novos e
outros já conhecidos pelo público, tomam grandes relevâncias e maiores
conhecimentos sobre suas trajetórias. Destaque primordial para o presidente
russo, Viktor Petrov.
Pontos que já possuem
elogios de sobra continuam em seu nível habitual de excelência. A fotografia,
que consegue cada vez melhor imergir quem assiste da trama, e a direção,
continua fazendo um papel fundamental para que o nível de House of Cards merece
aplausos de pé de qualquer um.
Como dito no inicio, os paralelos feitos em toda a temporada
são um show a parte. O presidente Viktor pode ser perfeitamente comparado com o
atual presidente russo, Vladmir Putin. Além disso, a citação da banda Pussy
Riot, uma banda de punk russa composta por mulheres lésbicas, que foi censurada
no país natal, é bem interessante para criar paralelos perfeitos com a situação
atual do país.
O final dessa 3ª
parte do seriado deixa tudo muito mais em aberto do que se pode ver nas duas
primeiras. Nessas é possível traçar um destino claro da continuação da história
de ascensão de Frank Underwood, já nessa parte podemos ver a indecisão ficar no
ar. O espectador fica confuso com o destino que tudo pode tomar a partir de
agora, ainda mais por acontecimentos que ocorreram previamente e no próprio
último episódio.
A terceira temporada de House of Cards eleva o nível de
tudo. Desde as atuações até a fotografia, a série merece ser digna de aplausos.
Tirando pequenos problemas de ritmo durante alguns episódios, o resto desses
treze episódios são devidamente perfeitos, demonstrando o quanto o seriado vai
fazendo seu lugar entre os melhores de todos os tempos.
Nota: 9,8/10
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